- Correio Braziliense
Uma vaga para Freire
Discretamente, o PPS de São Paulo trabalha com os tucanos a composição do deputado Roberto Freire como candidato ao Senado na chapa de Geraldo Alckmin à reeleição para o governo do estado. Parte do PSB apoia a iniciativa como um motivo para fortalecer o apoio dos socialistas ao projeto do governador. Afinal, numa aliança em que o PPS é o único partido conhecido nacionalmente a fechar com a candidatura de Eduardo Campos à Presidência, fica difícil negar essa ajuda a Freire e a todo o partido. Falta combinar com o próprio Eduardo e com Marina Silva, que insiste em uma chapa própria no estado que hoje é o berço dos votos e onde todos consideram que, desta vez, terá mais poder de definir a sucessão presidencial.
Barba, cabelo...
As contas tucanas indicam que, nos sete estados mais importantes do ponto de vista eleitoral, o PSDB terá palanques promissores por causa das alianças que fechou e por erro dos adversários, em especial o PT. Na quota das alianças, eles incluem seis: São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Paraná.
...E bigode
O Rio de Janeiro está inserido na quota dos erros, uma vez que a tendência hoje é de isolamento do PT na sucessão estadual. Há quem veja a provocação feita há dois dias pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG) a Lindbergh Farias (PT-RJ) como mais uma pitada nessa direção.
A conta da idade
Ex-ministro da Previdência Social, o deputado Reinhold Stephanes (PMDB-PR) é direto ao comentar por que votou contra o projeto de lei que institui a aposentadoria especial para as mulheres policiais federais. "Isso aí provocará um efeito cascata em todo o país, talvez até em outras profissões. As pessoas estão vivendo cada vez mais. Muitas vão se aposentar bem antes dos 50 anos. E quem vai pagar essas aposentadorias? Não tem almoço grátis", comenta.
Dudu, a esfínge
O deputado Dudu da Fonte (PP-PE) é o único que ainda não definiu o caminho na eleição para governador de Pernambuco. Ele, que tem pontes tanto com o PTB de Armando Monteiro, quanto com o PSB de Eduardo Campos e do pré-candidato Paulo Câmara, tende mesmo a lançar a missionária Michelle Collins ao governo. Assim, o PP tenta puxar um segundo turno para negociar o apoio a peso de ouro, caso a sua candidata não chegue à final.
Preocupou I/ O jantar de Eduardo Campos ontem na casa do presidente da Sky, Eduardo Baptista, deixou a nacional de cabelo em pé. É que as grandes redes a cabo, como a Sky, não são lá muito amigas da obrigatoriedade de conteúdo nacional e regional na programação.
Preocupou II/ Produtores nacionais observam que conversar com os peixes graúdos do setor não tem problema. Entretanto, o candidato que se comprometer em reformular as quotas nacionais e regionais para baixo terá problemas no meio artístico brasileiro. A coisa pode ficar de tal forma que não vai ter Guel Arraes que dê jeito. (Para quem não sabe, Guel é tio de Eduardo Campos).
No mês das mães.../ Em maio, a presidente Dilma Rousseff anunciará um novo afago aos prefeitos e apresentará a terceira etapa do PAC 2, voltada especialmente para as pequenas obras nos municípios. E a tentativa de engajá-los no projeto de mais quatro anos. Nem que seja apenas para tentar cumprir as promessas feitas até aqui.
Tenores/ O deputado Manoel Júnior causou inveja a vários colegas na Câmara. E nem tem a ver com o fato de estar quase anunciado como candidato ao Senado pelo PMDB da Paraíba. Ele teve o privilégio de ser um dos primeiros convidados a ouvir o CD gravado pelo ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) José Múcio Monteiro. Explica-se: os dois sempre se revezavam na cantoria nos tempos em que José Múcio era ministro de Relações Institucionais do governo Lula.
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