• Em encontro com aposentados, tucano se referiu sobre uma suposta proposta de privatização da Petrobras
Silvia Amorim – O Globo
SÃO PAULO - O presidente nacional do PSDB e pré-candidato à presidência, senador Aécio Neves, disse nesta segunda-feira que a presidente Dilma Rousseff tem criado “inimigo imaginário” nos últimos dias ao se referir a uma suposta proposta da oposição de privatização da Petrobras.
- Estou vendo a presidente da República quase que como aquelas crianças que criam um amigo imaginário e saem conversando com ele. Ela está criando um inimigo imaginário e começa a brigar com ele. Nos jornais, ela está dizendo que não vai deixar que privatizem a Petrobras. Meu Deus, quem está falando em privatizar a Petrobras? - afirmou Aécio após participar de um encontro com o Sindicato Nacional dos Aposentados, em São Paulo.
Aécio reafirmou que a sua proposta é “reestatizar” a maior empresa brasileira.
- Porque ela foi privatizada pelos interesses escusos de um grupo politico- declarou.
Em discurso aos sindicalistas, o senador também respondeu a uma crítica feita por Dilma na sexta-feira durante o 14º Encontro Nacional do PT, na capital paulista. Na ocasião, ela disse que a verdadeira herança maldita havia sido deixada pelo governo de Fernando Henrique Cardoso. Nesta manhã, Aécio afirmou que a desindustrialização em curso no país será a maior “herança maldita” da gestão da presidente.
- Eu não me lembro de, no mês de abril, termos tantas indústrias parando e tantos trabalhadores em casa. Isso sim, é uma herança maldita - afirmou o senador tucano.
No evento com os aposentados, Aécio ouviu críticas à gestão de Fernando Henrique, que criou em 1999 o fator previdenciário para aposentadoria, e evitou se comprometer com o fim do fator previdenciário, uma das principais reivindicações da categoria. Por outro lado, Aécio fez um afago aos aposentados, formalizando a indicação do presidente licenciado do Sindicato Nacional dos Aposentados, José Batista Inocentini, para compor a sua equipe de elaboração do programa de governo.
Ao deixar o encontro, o mineiro disse que não há contradição entre a defesa que fez de flexibilização das leis trabalhistas com as reivindicações dos aposentados: - Todos os direitos dos trabalhadores serão garantidos. Eu tenho na minha história o DNA de quem assinou a Constituição de 1988.
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