terça-feira, 6 de maio de 2014

Diário do Poder – Cláudio Humberto

- Jornal do Commercio (PE)

• Revelações de ex-diretor podem ‘incendiar’ o País
Pessoas ligadas ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, preso na Operação Lava Jato, garantem: ele não repetirá Marcos Valério, que aguentou firme, não entregou ninguém, preservou o ex-presidente Lula e foi condenado a 37 anos de prisão. Costa pode “incendiar” o País, recorrendo a delação premiada, e contar tudo sobre negociatas, não só na Petrobras, e o envolvimento de autoridades federais e estaduais.

• Primeiro a família
A delação premiada de Paulo Roberto Costa poderá reduzir sua pena e livrar familiares, que correm risco de cadeia por obstruírem a Justiça.

• Sob proteção
São tão graves as esperadas revelações do ex-diretor que sua defesa poderá solicitar sua inclusão no Programa de Proteção a Testemunhas.

• Segurança máxima
Paulo Roberto Costa foi levado de volta à carceragem da PF para sua segurança. No presídio comum, poderia ser alvo de queima de arquivo.

• Silêncio de ouro
Fornecedores ou parceiros de grande e médio portes da Petrobras, estão insones, rezando para que Paulo Roberto Costa fique calado.

• Negócio na África de banqueiro amigo vai à CPI
Será alvo da CPI a venda amiga dos poços de petróleo da Petrobras na África para o BTG, banco de André Esteves, quando ainda era “amigo de infância” do ex-presidente Lula e de Antônio Palocci, em 2012. A oposição quer saber como ativos na Nigéria, Tanzânia, Angola, Benin, Gabão e Namíbia, avaliados em US$ 7 bilhões por Jorge Zelada, ex-diretor da área internacional, foram dados ao BTG por US$ 1,5 bilhão.

• Preços alterados
O valor dos ativos da Petrobras na África foram reestimados depois da posse de Graça Foster na presidência da estatal, em 2012.

• Pechincha amiga
Avaliados em US$ 7 bilhões, os poços africanos caíram para US$ 4,5 bi, US$ 3,16 bi, até o BTG levar o negócio pela bagatela de US$1,5 bi.

• Impressionante
Com a CPI, a oposição quer entender como em menos de 1 ano o BTG obteve retorno de US$ 150 milhões na África, a título de dividendos.

• Ligações estreitas
O presidente do Santa Cruz, Antônio Luiz Neto, há muitos anos garante sua reeleição, como vereador pelo PTB no Recife, com sua ligação à torcida organizada “Inferno coral” (cujos integrantes ele fez sócios do clube), acusada de matar um rival com vaso sanitário atirado do alto.

• Livre barbárie
Somente a torcida “Inferno coral”, do Santa Cruz, teria o poder – “sem ser notada pela segurança” – de arrancar privadas, subir dois lances e atirá-las do alto arquibancada, matando o torcedor Paulo Ricardo.

• Manual assassino
O manual de guerra dos Black Blocs, revelada pela coluna, ensina como fazer uma bazuca caseira gastando apenas R$ 9,00. O livro destaca ainda que “com sorte e boa mira” o disparo pode ser letal. Material semelhante matou o cinegrafista Santiago Andrade, da Band.

• Cumplicidade
O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) não economizou críticas e acusou o governo de ser cúmplice dos mascarados Black Blocs. “É armação terrorista com a complacência do governo”.

• Distanciamento
Não passou despercebido o distanciamento entre presidenta Dilma e o antecessor Lula, no Encontro Nacional do PT. Ao fim do evento, ela foi embora e Lula ficou no local, distribuindo abraços e poses para fotos.

• Até tu, Temer?
Dirigentes do PMDB acharam no mínimo esquisita a decisão do vice-presidente Michel Temer de não colocar os pés no Encontro Nacional do PT, que lançou a pré-candidatura Dilma à reeleição.

• Mara não viu
A deputada Mara Gabrilli (PSDB), que disse há dias que José Dirceu tem regalias na prisão, sequer conseguiu entrar na cela por causa da cadeira de rodas. Ela ficou na porta, embaixo de uma goteira.

• Aquela mãozinha
Responsável pela imagem nacional do PMDB, o publicitário Elsinho Mouco foi convidado a dar suporte na coordenação de comunicação da campanha do senador Lobão Filho ao governo do Maranhão.

• Pensando bem…
…só o jornal britânico Financial Times está rindo muito das trapalhadas econômicas de Dilma, que as comparou aos impagáveis Irmãos Marx.

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