• Eduardo Gianetti, um dos elaboradores do plano de governo do PSB, acredita que decisão de assumir candidatura caberá a ex-senadora
Gustavo Porto - Agência Estado
CURITIBA - O economista Eduardo Gianetti da Fonseca, um dos elaboradores do plano de governo do PSB à Presidência, afirmou que a ex-ministra Marina Silva é a "candidata natural" do partido à sucessão de Dilma Rousseff (PT), com a morte de Eduardo Campos. No entanto, a decisão de assumir o desafio será exclusivamente da atual candidata a vice. "Ela é a vice e elaborou o programa. Não concebo outro caminho que não seja ela assumindo a liderança dessa força política, mas é lógico que depende fundamentalmente da vontade dela", disse em entrevista ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.
Apoiador e formulador de propostas econômicas para Marina desde a candidatura dela em 2010 à presidência, Gianetti disse acreditar que o apoio de setores da economia seguirá sem mudanças com a morte de Campos e uma possível candidatura da ex-ministra pelo PSB e que o "programa na área econômica seguirá exatamente como foi elaborado".
Segundo ele, os principais pontos do programa, ainda previsto para ser entregue na próxima semana, são um forte ajuste na economia logo no começo do governo, com a volta do tripé macroeconômico - com metas fiscais e controle do superávit primário, dólar flutuante e Banco Central independente - e ainda uma reforma tributária. "O acordo programático prevê corrigir as tarifas administradas, corrigir o câmbio, aperto de política e possivelmente recalibrar, no início, a taxa de juros. Isso vai ter efeito saneador para que tudo possa melhorar", afirmou.
Sobre a resistência de setores internos do PSB ao nome de Marina Silva, que ainda tenta obter o registro do seu grupo político, o Rede Sustentabilidade, Gianetti afirmou que essa divergência pode mudar. "Isso tem de ser conversado e negociado; as forças políticas do PSB vinham conversando e terão de continuar convivendo", concluiu.
O PSB terá dez dias para apresentar à Justiça Eleitoral o nome de um novo candidato à Presidência. Assessores próximos a Marina dizem que a ex-ministra não vai discutir assuntos relacionados à sucessão presidencial nos próximos dias. Nesta manhã, Antonio Campos, irmão do ex-governador, defendeu publicamente a indicação de Marina.
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