• De camarote. Moradores da Avenida Atlântica saúdam os manifestantes
- O Globo
Uma multidão pacífica tomou ontem de manhã orla de Copacabana em protesto contra o governo, a corrupção e o PT. Com os rostos coloridos de verde e amarelo, lembrando o movimento pelo impeachment do então presidente Fernando Collor, em dezembro de 1992, os manifestantes ocuparam a Avenida Atlântica, com faixas e cartazes. Eram festejados por moradores dos prédios, que acenavam e exibiam bandeiras do Brasil.
O comando da PM não deu uma avaliação oficial de presentes. Policiais militares avaliaram entre 20 mil a 25 mil o número de participantes, por volta de 10h. Organizadores estimaram em 100 mil.
O protesto começou por volta das 9h30m na altura do Posto 5, com dois carros de som e sem bandeiras de partidos políticos. Na trilha sonora, paródias e músicas de Gonzaguinha, Cazuza, Geraldo Vandré, Paralamas do Sucesso, Legião Urbana e Ultraje a Rigor.
Palavras de ordem como "a pátria jamais será vermelha", "o PT roubou" e "fora Dilma" eram intercalados com o Hino Nacional e vaias ao governo. O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), único político notado na multidão, foi impedido de subir num carro de som e acabou vaiado.
- Eu disse que não queria falar, mas eles insistiram. Não posso ser unanimidade - afirmou o deputado.
Na companhia de artistas e famosos, como a atriz Regina Duarte, o ator Márcio Garcia e o humorista Marcelo Madureira, o príncipe João Henrique de Orleans e Bragança, da família real brasileira, engrossou o coro contra a corrupção.
No fim do protesto, foi puxado um coro de impeachment. Os organizadores informaram que os carros de som foram bancados por uma vaquinha entre os grupos que convocaram o ato. Segundo a PM, não houve ocorrências relevantes. Mais tarde, no Centro, cerca de duas mil pessoas protestaram, segundo a Guarda Municipal; oito mil, segundo os organizadores
Nenhum comentário:
Postar um comentário