• Presidente da Câmara contabiliza até 39 dos 65 integrantes do colegiado como votos a favor do impeachment
- O Estado de S. Paulo
BRASÍLIA - Líderes da oposição e de partidos aliados do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), reuniram-se na noite de ontem na residência oficial da presidência da Casa para discutir a composição da comissão processante do impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Segundo o Estado apurou, Cunha e seus aliados contabilizam ter entre 37 e 39 dos 65 integrantes da comissão a favor do impeachment. Com essa quantidade de votos, o grupo conseguiria eleger o presidente e o relator da comissão. Os nomes defendidos no encontro são o líder do PSD, Rogério Rosso (DF), para presidente e Jovair Arantes (GO), líder do PTB, para relator. Esses dois postos são escolhidos por votação entre os membros do colegiado. Da base aliada, mas próximos a Cunha, os nomes foram escolhidos por terem trânsito dos dois lados. Inicialmente eles não queriam ocupar os postos, mas foram convencidos após insistência.
A comissão é formada por 65 integrantes de todos os partidos com representação na Câmara. Por causa da janela que permite a troca de legendas, dois partidos, PTC e PMN, deixaram de ter representação e suas vagas, uma de cada sigla, foram distribuídas entre DEM e PP. O primeiro partido passa a ter três representantes. O segundo, cinco. PT e PMDB são os partidos com maior número de integrantes, oito cada. O PSDB tem seis membros.
Representantes. De acordo com o cronograma acordado entre os líderes, eles poderão indicar os representantes de seus partidos até meio-dia de hoje. Ainda está em discussão na Câmara como se daria uma eventual segunda votação caso a chapa seja rejeitada. Concluída a votação, o intenção de Cunha é dar início imediato à sessão de instalação da comissão, na qual são escolhidos presidente e relator do colegiado.
É o relator quem elabora o parecer pelo seguimento ou pelo arquivamento do processo. O texto é votado em um prazo de 15 sessões do plenário da Câmara. Cunha quer realizar sessões de segunda a sexta-feira, a começar por amanhã. Se o parecer for pela aprovação do seguimento do processo, ele precisa ser aprovado por 342 votos (2/3 do total) para que o impeachment siga para o Senado. Caso o parecer da comissão seja pela rejeição do processo, 342 deputados terão que votar contra o texto para que ele siga para o Senado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário