Por Cristiane Agostine – Valor Econômico
SÃO PAULO - O PSB descartou a participação em uma eventual frente de centro-esquerda para disputar a Presidência em 2018 e fez acenos à pré-candidatura do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).
O presidente nacional do partido, Carlos Siqueira, disse que "não existe" a possibilidade de o partido integrar a frente, articulada por partidos como PCdoB, PDT e por setores do PT. Para o dirigente, o apoio a Alckmin na eleição presidencial é estudado pela legenda, mas "ainda é cedo" para definir os rumos para a eleição presidencial. "Vamos examinar e ter cautela para tomar essa decisão", afirmou Siqueira. "Seria muito bom ter candidatura própria, mas o partido deve examinar outras possibilidades", disse.
Dois anos depois da morte de seu principal líder político, o ex-governador Eduardo Campos, o PSB registrou uma queda no número de prefeituras eleitas no país, de 440 para 415. O partido governava cinco capitais e nesta eleição ganhou em duas, Recife e Palmas. Ao mesmo tempo, a sigla conquistou o terceiro maior número de eleitores governados do país e a terceira maior receita, atrás do PMDB e PSDB.
O principal crescimento foi em São Paulo, Estado em que o partido conquistou a maior cidade da região metropolitana (Guarulhos) e a maior prefeitura do interior (Campinas). O presidente do PSB paulista e vice-governador Márcio França é entusiasta da candidatura presidencial Alckmin e tenta articular no plano nacional o apoio do bloco PSB-PPS-DEM-PV, que é base do governador em São Paulo.
Além do PSB, o Rede também afirmou que não participará da frente de centro-esquerda.
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), um dos principais articuladores políticos da frente de centro-esquerda, deve se reunir neste mês, em Brasília, com outros governadores e parlamentares para debater a formação do grupo. Dino defendeu que o núcleo político da frente construa uma espécie de "Carta ao Povo Brasileiro", com diretrizes do que deverá ser defendido na política econômica e do que poderá ser apresentado como plano de governo. Para o governador, as propostas devem ser unificadas em torno de um tripé que envolva questões federativas, desenvolvimento econômico e direitos sociais.
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