• Ex-chefe de gabinete do tucano, Xico Graziano publicou artigo na imprensa e lançou site e página no Facebook defendendo a proposta; ex-presidente diz não ter interesse
Pedro Venceslau - O Estado de S. Paulo
No momento em que o governador Geraldo Alckmin e o senador Aécio Neves acirram a disputa pela vaga de candidato do PSDB para concorrer à Presidência, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi lançado nesta quinta-feira, 3, pelo ex-deputado Xico Graziano. Chefe de gabinete de FHC durante seu período no governo federal, Graziano lançou uma página no Facebook e um site chamados "FHC Presidente" e escreveu um artigo para o jornal Folha de S. Paulo defendendo a proposta.
Por volta das 12h35 desta quinta-feira, 3, FHC afirmou em sua página no Facebook que não tem interesse em retornar à Presidência do País. "A propósito de comentários sobre uma eventual candidatura à Presidência esclareço, do exterior, onde me encontro, que jamais cogitei dessa hipótese nem ninguém me consultou sobre o tema. Minha posição é conhecida: nas circunstâncias, o melhor para o Brasil é que o atual governo leve avante as reformas necessárias e que em 2018 possamos escolher líderes à altura dos desafios do País. Precisamos superar a crise financeira para criar empregos e para que o povo viva em uma sociedade próspera e decente", declarou.
Graziano, que ainda atua como assessor de FHC, disse ao Estado que avisou o ex-presidente sobre a iniciativa. Questionado se a idade não seria um impedimento, já que o ex-presidente tem 85 anos, Graziano argumentou que o ex-primeiro ministro britânico Winston Churchill também voltou ao cenário político em 1951, aos 76 anos. “Churchill voltou e pacificou o país. A idade pode favorecer nesse sentido, na experiência. Já a juventude pode trazer um louco”. Graziano disse ainda que FHC tem sido uma referência nos momentos de crise do Brasil. “O ex-presidente é sempre procurado nos momentos difíceis, seja por ministros, magistrados ou políticos de todos os partidos. FHC passou a ser um ponto de equilíbrio.”
O nome do ex-presidente tucano também é citado no partido como uma opção de consenso para disputar a Presidência caso o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) casse a chapa Dilma-Temer e, consequentemente, seja convocada um nova eleição presidencial.
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