• Thaís de Andrade Rabelo, defensora pública, diz que reajuste da alíquota previdenciária vai penalizar apenas o servidor
- O Globo
RIO - A presidente da Associação dos Servidores da Defensoria Pública, Thaís de Andrade Rabelo, disse que o governo do estado quer tornar o servidor público o algoz da crise. Para ela, que integra o Movimento Unificado de Servidores Públicos do Rio de Janeiro (Musp), a causa da crise não é o servidor e sim a gestão administrativa. Thaís Rabelo culpa ainda a isenção fiscal dada às empresas como um dos causadores da grave crise financeira:
— Isenção fiscal é renúncia de receita — disse Thaís Rabelo. — Com esse pacote de austeridade, o governo quer tornar o servidor o algoz para a população quando o causador da crise é a gestão. Vivemos um cenário em que já falta de professor, de médicos.
O aumento da alíquota previdenciária de 11% para 14%, uma das medidas do pacote de austeridade, foi bastante criticada pela presidente da associação:
— O governo vai penalizar o servidor e não vai resolver o problema do Rioprevidência. Estudos mostram que o aumento de 3% só vai cobrir o rombo de um mês. Mas, enquanto isso, diminuirá o poder de compra do funcionalismo.
O médico Jorge Darze, presidente do Sindicato dos Médicos e integrante do Musp, disse que o “pacote das maldades” está gerando indignação no funcionalismo.
— A área da Saúde tem sido uma das mais atingidas e isso é grave. Em um estado em situação falimentar, o adoecimento das pessoas vai aumentar — avaliou Darze.
Outra medida que consta do pacote é a criação de um teto para reajustes salariais. Conforme as novas regras, a concessão de reajustes não poderá exceder o patamar de 70% do crescimento da receita líquida (arrecadação com impostos mais transferência) do ano anterior:
— É preciso arguir a constitucionalidade dessa medida. o reajuste está condicionado à receita e não à reposição das perdas salariais do ano anterior, que tem que ser feito com base na inflação.
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