Pela regra, federações permitem que legendas se unam para disputar as eleições como se fossem um só partido
- O Estado de S. Paulo.
Em uma das comissões que discutem a reforma política na Câmara, os deputados aprovaram o fim das coligações. Em contrapartida, os parlamentares criaram uma solução para manter a possibilidade de partidos disputarem juntos uma eleição: as federações partidárias.
A nova regra permite que os partidos com maior afinidade ideológica e programática se unam para atuar de maneira uniforme em todo o País e, ao mesmo tempo, contribui para que os pequenos partidos ultrapassem a cláusula de barreira.
Os partidos têm de formalizar a federação antes do início do período eleitoral. Durante os anos seguintes, eles deixarão de atuar como partidos isolados e passarão a agir como se fossem um único partido.
Atualmente, um partido pode se coligar com outro para uma eleição e desfazer a união logo em seguida. A medida é vista pelos parlamentares como uma forma de evitar acordos eleitoreiros. Para contemplar as conjunturas regionais, a relatora da proposta, deputada Shéridan (PSDB-RR), incluiu também a figura das subfederações. Isso quer dizer que os partidos podem fazer alianças diferentes da formada nacionalmente, desde que não incluam partidos de outras federações.
Na prática, se na campanha à Presidência, a federação for composta por oito siglas, a subfederação nos Estados somente poderá ser formada por ao menos duas legendas que fazem parte da configuração nacional. Isso evita situações como a que aconteceu em 2014, quando, embora rivais no âmbito federal, PT e PSDB se uniram em alguns dos Estados.
A proposta de subfederação irritou partidos como o PSOL, que prometeu barrar no plenário a proposta. E também causou incômodo em parte dos deputados do PSDB. “É uma incoerência em relação ao fim das coligações”, criticou o deputado Silvio Torres (PSDB-SP).
Nenhum comentário:
Postar um comentário