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Eleição da jabuticaba
Salvo um terremoto, o “ele não” definirá a sorte dos candidatos que disputam o primeiro turno da eleição presidencial. Dito de outra maneira: a rejeição a Jair Bolsonaro (PSL) é o que importa a essa altura.
Embora em alta, ela poderá diminuir até o domingo dia 7 de outubro, e então a história será outra. Ou crescer – e assim a história será outra. Bolsonaro ou o “ele não” disputará com Fernando Haddad (PT) o segundo turno.
Bolsonaro já avisou que só aceitará o resultado se vencer. Deve ter sido aconselhado a dizer isso pelo seu vice, o general Mourão, e demais militares da reserva que o orientam a proceder assim.
Se para o PT eleição sem Lula é fraude (ou era), para o seu oposto a derrota de Bolsonaro será uma fraude. Bobagem nos dois casos. Não haverá golpe como não houve quando Dilma caiu.
Mais do que o PT, Bolsonaro tem um problema – ou vários. Concorre de corpo ausente desde que foi esfaqueado em Juiz de Fora. Virou candidato virtual. Em que condições ele estará no segundo turno?
Uma tempestade perfeita abateu-se sobre Bolsonaro desde então. As falas do seu vice; a desativação pública do seu Posto Ipiranga (o economista Paulo Guedes); e a ofensiva dos adversários.
Bolsonaro era uma ideia – a do não político, ficha limpa, candidato da lei e da ordem capaz de derrotar PT. Sem o PT jamais seria nada. E sem ele o PT jamais imaginaria vencer.
Se a jabuticaba é coisa só nossa, esta eleição o provará em definitivo.
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