A terceira colocada na eleição do Rio vai manter
distância do segundo turno. Martha Rocha já descartava apoiar o prefeito
Marcelo Crivella. No domingo, decidiu que também não pedirá votos para Eduardo
Paes.
A pedetista não esconde a mágoa com os ataques que
recebeu do ex-prefeito. Na reta final, a campanha de Paes a atingiu com golpes
abaixo da cintura. Das 26 inserções diárias do DEM, 16 chegaram a ser ocupadas
com propaganda contra a delegada.
“Sofri um processo de desconstrução”, diz Martha.
“Paes foi preconceituoso e misógino. Faltou com a verdade. E eu não tive tempo
para me defender”, protesta.
Para a deputada, a artilharia bloqueou suas chances
de ir ao segundo turno. “Eu jamais apoiaria o Crivella, mas não sou obrigada a
apoiar o Paes. Acho que tenho o direito de não fazer campanha para ninguém”,
afirma.
Em carta aos eleitores, a pedetista agradeceu os
votos e disse desejar sorte ao vencedor. A atitude fez com que ela fosse
comparada ao aliado Ciro Gomes, que em 2018 embarcou para a Europa e se omitiu
na disputa entre Fernando Haddad e Jair Bolsonaro.
“Não vou viajar para Paris”, diz Martha, que já
apareceu em memes ao lado da Torre Eiffel. “Na segunda-feira, volto a trabalhar
na Alerj. Tirei licença sem vencimentos e vou reassumir meu mandato”, afirma.
Com a desistência de Marcelo Freixo e a competição
entre Martha Rocha, Benedita da Silva e Renata Souza, a esquerda voltou a ficar
fora do segundo turno no Rio.
A decisão de permanecer no muro não é unanimidade
na coligação da delegada. O presidente estadual do PSB, Alessandro Molon, diz
que “o importante agora é derrotar Crivella”. Martha promete ir à urna no dia
29, mas não revela o que vai fazer. “O voto é secreto”, despista.
+ + +
Jair Bolsonaro não deu sorte nem em eleição para vereador em Queimados, na Baixada Fluminense. Apesar do apoio do presidente, o candidato Luiz Costa só recebeu 325 votos. Foi derrotado por figuras como Thomas da Padaria, Rogério do Salão Filho, Paulinho Tudo a Ver e Tuninho Vira Virou.
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