Por
Raphael Di Cunto | Valor Econômico
BRASÍLIA
- O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), recebeu
deputados de oposição na noite de terça-feira (1º) para discutir sua sucessão.
A eleição ocorrerá em 1º de fevereiro e Maia prometeu que, mesmo se for
autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), não concorrer a um novo mandato
– ele está no terceiro consecutivo.
Maia
tenta manter unido seu grupo, que tem seis pré-candidatos: os presidentes do
MDB, Baleia Rossi (SP); do Republicanos, Marcos Pereira (SP); do PSL, Luciano
Bivar; além dos deputados Marcelo Ramos (PL-AM), Elmar Nascimento (DEM-BA) e
Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). Nenhum deles participou do encontro com os partidos
de oposição.
Segundo relatos de três parlamentares, a reunião tratou, em termos gerais, sobre os partidos de esquerda esperarem um espaço de destaque na Mesa Diretora e também o no comando de comissões importantes, caso apoiem o candidato de Maia. Mas não chegaram a discutir no encontro quais seriam esses cargos. A oposição, unida, tem 130 deputados.
Os
parlamentares de oposição também querem saber como lidar com a pauta dos
próximos dois anos. Querem um acordo de procedimentos sobre questões como a
reforma administrativa e privatizações, mas apoiam a reforma tributária, desde
que as demandas por uma tributação maior sobre a renda dos mais ricos sejam
incluídas.
Após a reunião, os partidos de esquerda pretendem reunir suas bancadas individualmente para discutir quais serão os procedimentos para decidir qual bloco partidário integrar. Eles devem receber, nos próximos dias, os candidatos em reuniões virtuais para falarem de suas propostas.
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