Funcionários
do Palácio do Planalto que integram o chamado “gabinete do ódio” serão alvos de
um pedido de convocação da CPI da Covid, instaurada nesta terça-feira no
Senado. O PT vai solicitar a convocação dos assessores da presidência da
República Tércio Arnaud Tomaz, José Matheus Salles Gomes e Mateus Matos Diniz.
O trio bolsonarista é apontado como responsável por ataques a adversários do
presidente nas redes sociais.
Uma das frentes articuladas pela oposição mira o uso de redes sociais para disseminar fake news que boicotam medidas sanitárias, como uso de máscara, além de ataques a autoridades que decretaram medidas de isolamento social, como governadores e prefeitos. Para isso, os senadores trabalham em um pedido de compartilhamento de dados da CPMI das fake news com a investigação da Covid.
A
ideia é saber se houve dinheiro público e até de privado de apoiadores do
presidente na disseminação de ataques e notícias falsas relacionadas à
pandemia. A avaliação da oposição é que, ao unir a negligência do governo
federal sobre a pandemia e o uso de fake news, Bolsonaro terá que lidar com os
temas mais espinhosos de sua gestão.
–
Se o presidente da CPI da Covid requisitar algum material, não há problema
nenhum. O que for pedido sobre fake news relacionadas às vacinas, Covid-19,
estamos dispostos a compartilhar – disse o senador Angelo Coronel (PSD-BA),
presidente da CPMI das fake news.
Os senadores também pretendem explorar investimentos do governo federal em campanhas como “O Brasil não pode parar”, que pregava contra o isolamento social e acabou proibida pela Justiça, a ações de marketing com influenciadores digitais defendendo o tratamento precoce, ou seja, o uso de remédios sem eficácia para tratar a Covid-19.
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