Ex-prefeito
de São Paulo, Kassab quer ver o PSD distante de Bolsonaro e Lula, mas nada que
o impeça de conversar com qualquer um dos dois
Poucos
metros separam os hotéis onde estão hospedados em Brasília o ex-presidente Lula
e o ex-prefeito de São Paulo e presidente do Partido Social Democrático (PSD)
Gilberto Kassab.
Nos
corredores do Senado, enquanto o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta depunha na CPI da Covid-19,
espalhou-se a notícia de que Lula e Kassab tomariam café juntos.
Fake
news. Até o início da noite, Lula não havia convidado Kassab para uma conversa ao pé do ouvido. Os dois
ficarão em Brasília até amanhã. Mas se convidar, Kassab irá.
“Sou uma pessoa educada e não recusaria o convite de um ex-presidente da República”, disse Kassab a este blog. O que não quer dizer que Kassab admite apoiar Lula na eleição do ano que vem.
“O
PSD terá candidato a presidente, mas não será do PT”, garante Kassab, e para
por aí. Não disse se será um candidato próprio ou de outro partido. Mas não
será nem Lula nem Bolsonaro.
Fundado
em 2011, o PSD apresentou-se à época como um partido que não seria de direita,
nem de esquerda, nem de centro. Dez anos depois, o PSD pode ser de direita, de
esquerda ou de centro.
Tudo
depende do momento e das alianças possíveis a serem feitas nos Estados e
Municípios. Kassab prefere chamar isso de “pragmatismo responsável em favor do
país”. Vá lá que seja…
O
prefeito do Rio Eduardo Paes já foi do PV, PFL, PTB, PFL de novo, PSDB, PMDB e
DEM. Filiou-se, ontem, ao PSD de Kassab, que poderá ser o destino de Rodrigo
Maia (DEM-RJ).
Parte do PSD carioca corteja o governador Cláudio Castro, filiado ao Partido Social Cristão (PSC). Mas Castro ficará onde está ou irá para onde o presidente Jair Bolsonaro mandar.
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