Blog do Noblat / Metrópoles
Tudo é uma questão de confiança
Entende o novo chefe da Casa Civil da
presidência da República, o senador Ciro Nogueira (PI), que se filiar ou não ao
Progressista (PP) é uma decisão que cabe unicamente a Jair Bolsonaro. A porta
do partido está escancarada para que ele entre. Será bem recebido.
É só uma questão de Bolsonaro confiar menos
ou mais nas chances de se reeleger por um partido de médio porte. O PP ganharia
com isso porque certamente aumentaria suas bancadas nas Assembleias
Legislativas, na Câmara dos Deputados e no Senado.
O PSL era um partido nanico até que Bolsonaro o escolhesse para ser candidato a presidente da República. Hoje, mesmo tendo sido abandonado por ele, é dono da segunda maior bancada de deputados na Câmara. Deverá reeleger parte dela.
Mas que Bolsonaro não conte com as
facilidades que o PSL lhe ofereceu à época, as mesmas que o PTB e outras siglas
lhe oferecem hoje. O PP tem muitos donos e interesses diversos nas regiões do
país. Nada disso poderá ser desconsiderado.
O que o Centrão prepara para servir ao
general Augusto Heleno
Nada como um dia depois do outro
A sabedoria política ensina que a vingança
é um prato que se come frio. Os líderes do Centrão nunca engoliram a ofensa que
lhes fez o general Augusto Heleno, atual ministro do Gabinete de Segurança
Institucional da presidência da República.
Quando Bolsonaro lançou-se candidato em
2018, criticou o Centrão chamando-o de nata do pior que existia no Brasil, e
disse que jamais se juntaria a ele. Foi no Centrão que Bolsonaro nasceu para a
política. Sua reconversão ao Centrão basta para perdoá-lo.
Mas, o general, não. Segue em dívida desde
que aproveitou um evento da campanha de Bolsonaro e cantou: “Se gritar pega
Centrão não fica um, meu irmão”. A vingança está programada e será servida se
Bolsonaro se filiar a um dos partidos do Centrão.
Nesse caso, o general será convidado a
filiar-se também. E, se quiser, poderá até disputar um mandato de deputado
federal pelo Rio de Janeiro. Ou pelo Estado que preferir.
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