Pré-candidato tucano criticou não só o governo do presidente Jair Bolsonaro, como também os petistas Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff
Por Edna Simão e Rafael Walendorff / Valor Econômico
BRASÍLIA- O vencedor das prévias do PSDB
para a disputa da Presidência da República no ano que vem, João Doria,
ressaltou que o tempo da corrupção, da incompetência, do negacionismo, da
irresponsabilidade fiscal, da regulação da mídia e dos ataques às instituições
democráticas precisa ficar para trás.
Ele elencou ainda, em discurso, medidas
adotadas em seu governo no Estado de São Paulo, como trazer a vacina contra o
novo coronavírus aos brasileiros, e criticou não só o governo do presidente
Jair Bolsonaro, como também dos petistas Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma
Rousseff.
“Trouxemos a vacina para os brasileiros.
Vacina negligenciada pelo governo federal. Mas que salvou milhões de vidas em
todo Brasil e hoje nos permite vencer a pandemia e retomar a economia”,
ressaltou.
O pré-candidato tucano afirmou que os governos dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff representaram a captura do Estado pelo maior esquema de corrupção do qual se tem notícia no país. “A moralidade convertida em roubalheira. Fazer políticas públicas para os mais pobres não dá direito, a quem quer que seja, de roubar o dinheiro público. Os fins não justificam os meios. A péssima gestão da economia com Dilma nos legou dois anos de recessão e desemprego”, frisou.
Para Doria, Bolsonaro vendeu um sonho e
entregou um pesadelo. “Nosso fraterno Brasil se transformou no Brasil da
discórdia, da desunião, do conflito, da briga entre familiares e amigos, da
arrogância política. Da violência contra a democracia. Dos ataques à imprensa e
a jornalistas”, afirmou.
Segundo ele, é preciso dar um basta e
reconstruir o Brasil. “Queremos um Brasil pujante no presente. Chega de soluços
de crescimento. Chega de perpetuar a pobreza. Vamos levar emprego, renda e
educação à população. Vamos fazer a lição de casa para atrair investimentos
internacionais, com contas sustentáveis e um orçamento com prioridades. Fazer
reformas não para gerar superávit primário, mas para gerar inclusão”, disse.
Para Doria, é preciso notar os milhões de
brasileiros que estão na miséria, com programas de transferência de renda, sem
furar o teto de gastos, ensino integral para as crianças, atendimento de saúde
às famílias mais pobres e programas de geração de emprego.
O pré-candidato tucano disse também que o novo Brasil que se deseja terá respeito internacional. “Em primeiro lugar, por respeitar nossos próprios cidadãos, preservar o meio ambiente, despontar na produção da ciência e da pesquisa. O Brasil tem que liderar o processo de transição para a economia de baixo carbono, com matriz energética sustentável, erradicação do desmatamento e agronegócio moderno e produtivo. O agro é aliado do meio ambiente e devem andar de mãos dadas", destacou.
Ele disse ainda que o Brasil será o país da
infraestrutura e ressaltou que o mercado de trabalho está em transformação e é
preciso vencer o déficit de produtividade. “Tornar o Brasil competitivo na
esfera internacional, abrir a economia e atrair investimentos estrangeiros”,
enumerou, acrescentando que o Brasil será o país do diálogo.
“A transformação só é possível por meio da boa política. E dos 3 Poderes, no ajuste fino de pesos e contrapesos, respeitando as instituições e, acima de tudo, a transparência e a democracia. Ninguém faz nada sozinho. Precisaremos da ajuda de todos”, ressaltou. “Venceremos a corrupção e a incompetência. Venceremos as trevas e o negacionismo. Resgataremos a esperança e vamos juntos, unir o Brasil e os brasileiros”.
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