João Doria decidiu abandonar a sua pré-candidatura à presidência da República pelo PSDB e vai continuar no governo de São Paulo até o dia 31 de dezembro.
Pelo menos foi essa a decisão comunicada
hoje cedo aos seus auxiliares mais próximos e será anunciada pelo próprio Doria
numa entrevista coletiva que dará no Palácio dos Bandeirantes, às 16h.
A saída de Doria do páreo é uma
consequência da falta de apoio que sua pré-candidatura vinha sofrendo desde o
início do ano dentro do PSDB. Os resultados das pesquisas de intenção de votos
também não ajudavam em nada: nelas, Doria aparecia com 2%, em média.
Todo esse contexto ajudou a que sua candidatura
não saisse do ponto morto.
Nas últimas semanas, o movimento anti-Doria
no PSDB ficou mais forte. Essa turma se alinhou a Eduardo Leite, derrotado nas
prévias de novembro, para virar a mesa e fazer do governador gaúcho o candidato
do partido a presidência.
Doria sentiu o golpe. Nos últimos dias, ele tem afirmado que está sendo traído pelo partido.
Doria pode 'desistir da desistência'?
Todos no Palácio dos Bandeirantes especulam
neste momento se João Doria poderia "desistir da desistência" de ser
candidato à Presidência da República e de renunciar hoje ao governo de São
Paulo.
Embora já tenha comunicado ao vice Rodrigo
Garcia e a vários assessores sua decisão, muitos avaliam que Doria poderia
voltar atrás. A possibilidade sempre existe — o que não existe em política é o
impossível.
Mas como voltar atrás se o próprio partido
não mexeu até agora uma palha para tentar demovê-lo da decisão?
Ao contrário, não se viu uma declaração pública ou nas redes sociais de dirigentes tucanos clamando pela manutenção de sua candidatura, a começar por Bruno Araújo, presidente do PSDB e coordenador da hoje naufragada candidatura de Doria a presidente da República.
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