DEU NA FOLHA DE S. PAULO
BELO HORIZONTE - "Chegou a sua vez, governador. Agora está tudo pronto para o senhor falar". Quando Christiane Torloni, a madrinha da cerimônia -de vestido branco e sapatos de salto alto brancos-, pronunciou essas palavras, a multidão (em torno de 6.000 pessoas) havia acabado de ouvir Milton Nascimento cantar "Coração de Estudante".
Milton era a "surpresa" que a atriz foi buscar atrás do palco. Cantou tendo ao fundo um telão que projetava imagens da vida de Tancredo Neves, culminando com a campanha pelas diretas e o desfecho trágico em 1985.
Antes disso, do alto de um púlpito que evocava Brasília, Fafá de Belém interpretou o hino nacional naquele seu estilo sentimental-oceânico. As pessoas gostam. Muitas choraram. Antes disso, o próprio Aécio recebeu um capacete das mãos de operários e apareceu no telão contracenando com Oscar Niemeyer, o centenário idealizador da nova sede do governo mineiro.
Estava, de fato, tudo pronto. A festa, no dia do centenário de nascimento de Tancredo, foi concebida para lançar Aécio à Presidência. Se isso não ocorreu, não foi por falta de apelo local: "Aécio, presidente!, Aécio, presidente!"-o coro da plateia ecoou três vezes. A primeira delas, quando Aécio e José Serra ingressaram juntos no ambiente, ao som de "Ó, Minas Gerais!".
Por ironia, antes da chegada da dupla, a big band que animava os convidados executou uma versão de "Come Together", dos Beatles. Sim, juntos. Mas como?
Para o paulista, o constrangimento do evento não foi pequeno. Teve que pagar -e pagou- seu primeiro pedágio mineiro. Com exceção dos petistas, a república dos políticos estava lá, em peso.
BELO HORIZONTE - "Chegou a sua vez, governador. Agora está tudo pronto para o senhor falar". Quando Christiane Torloni, a madrinha da cerimônia -de vestido branco e sapatos de salto alto brancos-, pronunciou essas palavras, a multidão (em torno de 6.000 pessoas) havia acabado de ouvir Milton Nascimento cantar "Coração de Estudante".
Milton era a "surpresa" que a atriz foi buscar atrás do palco. Cantou tendo ao fundo um telão que projetava imagens da vida de Tancredo Neves, culminando com a campanha pelas diretas e o desfecho trágico em 1985.
Antes disso, do alto de um púlpito que evocava Brasília, Fafá de Belém interpretou o hino nacional naquele seu estilo sentimental-oceânico. As pessoas gostam. Muitas choraram. Antes disso, o próprio Aécio recebeu um capacete das mãos de operários e apareceu no telão contracenando com Oscar Niemeyer, o centenário idealizador da nova sede do governo mineiro.
Estava, de fato, tudo pronto. A festa, no dia do centenário de nascimento de Tancredo, foi concebida para lançar Aécio à Presidência. Se isso não ocorreu, não foi por falta de apelo local: "Aécio, presidente!, Aécio, presidente!"-o coro da plateia ecoou três vezes. A primeira delas, quando Aécio e José Serra ingressaram juntos no ambiente, ao som de "Ó, Minas Gerais!".
Por ironia, antes da chegada da dupla, a big band que animava os convidados executou uma versão de "Come Together", dos Beatles. Sim, juntos. Mas como?
Para o paulista, o constrangimento do evento não foi pequeno. Teve que pagar -e pagou- seu primeiro pedágio mineiro. Com exceção dos petistas, a república dos políticos estava lá, em peso.
E Aécio, entre eles, navegava com muito jeito, mobilizando todos os clichês da mineiridade, entre o folclore e a modernidade, entre o sentimento da província e os olhos voltados para a capital. Não será fácil a vida de Serra nessa terra que Aécio chama de "o coração do Brasil".
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