DEU EM O GLOBO
Ex-governador só se pronuncia em seu blog e volta a dizer que devolveu os R$650 mil doados por empresas
Daniel Brunet
Para se defender da nova acusação do Ministério Público estadual, o ex-governador Anthony Garotinho atacou os promotores, a quem chamou de cabos eleitorais do governador Sérgio Cabral, e divulgou, em seu blog, duas decisões judiciais que teriam extinguido outras ações de improbidade administrativa contra ele. Só que as medidas, uma do desembargador Celso Ferreira Filho e outra da juíza Natascha Maculan Adum, não são definitivas. Em um dos casos, o MP recorreu.
O imbróglio judicial acontece não pelo conteúdo das acusações, mas por falta de entendimento sobre quem deveria ter investigado Garotinho e Rosinha, que tinham foro privilegiado - o que dá o direito de ser investigado pelo Procurador-Geral de Justiça - quando governadores.
As ações começaram a ser propostas pelos promotores depois que Rosinha Garotinho deixou o governo.
O ex-governador voltou a afirmar que devolveu os R$650 mil às empresas Inconsul e Teldata, que seriam usados em sua pré-campanha, tão logo descobriu que elas recebiam verba do governo. Contudo, o diretório estadual do PMDB, que à época era dirigido por Garotinho, reforçou, ontem, por meio de nota, que a decisão foi do partido, com a participação de Garotinho.
Ex-governador só se pronunciou pela internet
Garotinho evitou a imprensa e decidiu que comentaria o caso apenas em seu blog, onde fez ataques ao GLOBO e aos promotores da Tutela Coletiva, responsáveis pela ação e que foram acusados pelo ex-governador de armarem um "espetáculo pirotécnico" e "mais uma jogada eleitoreira" contra ele e Rosinha Garotinho. A ex-governadora, hoje prefeita de Campos, disse que não comentaria.
- Quero adiantar que, além de covardes, esses promotores são antiéticos. Já tenho contra eles duas representações, que estão sendo apreciadas pelo Conselho Nacional do Ministério Público, onde provo que eles agiram de má-fé para induzir a Justiça a erro, em outras duas ações idênticas a essa, contra mim e Rosinha e que já foram extintas pela Justiça - acusou ele.
Garotinho se refere ao deferimento de um agravo de instrumento que ele interpôs pedindo a retirada de seu nome e o de Rosinha Garotinho. O MP, no entanto, já recorreu dessa medida, que será analisada pela 3ª vice-presidência do Tribunal de Justiça. No outro caso, a juíza Natascha Maculan Adum determina a retirada dos nomes do casal e o ex-secretário de saúde Gilson Cantarino da lista de réus. E o MP ainda pode recorrer.
O procurador-geral de Justiça, Cláudio Lopes, defendeu a competência dos promotores para investigar o caso.
- No nosso entendimento, eles não eram mais governadores, e a atribuição (para a investigação) era dos promotores. Essa última ação é um trabalho técnico e não tem propósito político - defendeu Lopes.
Daniel Brunet
Para se defender da nova acusação do Ministério Público estadual, o ex-governador Anthony Garotinho atacou os promotores, a quem chamou de cabos eleitorais do governador Sérgio Cabral, e divulgou, em seu blog, duas decisões judiciais que teriam extinguido outras ações de improbidade administrativa contra ele. Só que as medidas, uma do desembargador Celso Ferreira Filho e outra da juíza Natascha Maculan Adum, não são definitivas. Em um dos casos, o MP recorreu.
O imbróglio judicial acontece não pelo conteúdo das acusações, mas por falta de entendimento sobre quem deveria ter investigado Garotinho e Rosinha, que tinham foro privilegiado - o que dá o direito de ser investigado pelo Procurador-Geral de Justiça - quando governadores.
As ações começaram a ser propostas pelos promotores depois que Rosinha Garotinho deixou o governo.
O ex-governador voltou a afirmar que devolveu os R$650 mil às empresas Inconsul e Teldata, que seriam usados em sua pré-campanha, tão logo descobriu que elas recebiam verba do governo. Contudo, o diretório estadual do PMDB, que à época era dirigido por Garotinho, reforçou, ontem, por meio de nota, que a decisão foi do partido, com a participação de Garotinho.
Ex-governador só se pronunciou pela internet
Garotinho evitou a imprensa e decidiu que comentaria o caso apenas em seu blog, onde fez ataques ao GLOBO e aos promotores da Tutela Coletiva, responsáveis pela ação e que foram acusados pelo ex-governador de armarem um "espetáculo pirotécnico" e "mais uma jogada eleitoreira" contra ele e Rosinha Garotinho. A ex-governadora, hoje prefeita de Campos, disse que não comentaria.
- Quero adiantar que, além de covardes, esses promotores são antiéticos. Já tenho contra eles duas representações, que estão sendo apreciadas pelo Conselho Nacional do Ministério Público, onde provo que eles agiram de má-fé para induzir a Justiça a erro, em outras duas ações idênticas a essa, contra mim e Rosinha e que já foram extintas pela Justiça - acusou ele.
Garotinho se refere ao deferimento de um agravo de instrumento que ele interpôs pedindo a retirada de seu nome e o de Rosinha Garotinho. O MP, no entanto, já recorreu dessa medida, que será analisada pela 3ª vice-presidência do Tribunal de Justiça. No outro caso, a juíza Natascha Maculan Adum determina a retirada dos nomes do casal e o ex-secretário de saúde Gilson Cantarino da lista de réus. E o MP ainda pode recorrer.
O procurador-geral de Justiça, Cláudio Lopes, defendeu a competência dos promotores para investigar o caso.
- No nosso entendimento, eles não eram mais governadores, e a atribuição (para a investigação) era dos promotores. Essa última ação é um trabalho técnico e não tem propósito político - defendeu Lopes.
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