sexta-feira, 5 de março de 2010

Acusados negam participar do esquema

DEU EM O GLOBO

Oscar Berro, ex-diretor do IVB, afirma que teve as contas aprovadas

Daniel Brunet

A ação do Ministério Público pegou alguns acusados de surpresa. Ex-presidentes do Instituto Vital Brazil (IVB), o médico Oscar Berro, hoje diretor de gestão hospitalar do Ministério da Saúde no Rio, e a deputada federal Solange Almeida (PMDB) disseram que souberam do caso pela imprensa e negaram qualquer envolvimento com o esquema. Ricardo Secco e Ruy Castanheira não foram localizados.

O advogado Sérgio Tostes, que representa a atriz Deborah Secco, seus irmãos e mãe, disse que vai pedir, nos próximos dias, a exclusão dos nomes dos quatro da lista de réus no processo de improbidade.

- Não conheço o processo, mas a impressão que tenho é que não há justificativa para que Deborah, sua mãe e irmãos estejam entre os réus. Assim que tiver acesso ao processo, vou pedir a exclusão dos nomes deles. A posição deles é totalmente diferente da do pai. Eles não têm envolvimento que os coloque entre os réus. Deborah Secco não quis falar sobre o caso. Informou, por sua assessoria, que está tranquila, pois nunca teve envolvimento com a política.

Deputada diz que deu continuidade a trabalho

A defesa do ex-secretário Gilson Cantarino reforçou que a responsável pelas contratações das ONGs era a ex-subsecretária Alcione Athayde, denunciada por improbidade administrativa em 2008, e que dessa vez não foi citada.

- O dr. Gilson tinha o papel formal. Mas era a Alcione a responsável pelas contratações - diz o advogado Yuri Sahione.

O médico Oscar Berro, que comandou o IVB em 2004, se defendeu dizendo que teve suas contas aprovadas e desenvolveu os trabalhos propostos.

Já Solange Almeida, que assumiu o IVB em 2005, afirmou que apenas deu continuidade aos programas e diretrizes da antiga gestão:

- Eu não criei nada.

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