Eu não acredito!!! Pensei que essas coisas estavam mortas e enterradas!!! A ignorância, a falta de bom senso, a falta de noção da realidade e a demagogia mais rastaquera estão presentes e ressurgem na América Latina como obras verdadeiras da literatura fantástica de Jorge Luis Borges. Só que a vida é muito pior que a arte, se não, vejamos nas notícias de hoje:
“Bolívia anuncia falência de McDonald's e expulsa Coca-Cola de seu território
De acordo com o ministro das Relações Exteriores da Bolívia, David Choquehuanca, a decisão “estará em sintonia com o fim do calendário maia e fará parte das celebrações do fim do capitalismo e do início da cultura da vida”.
Ao lado do presidente Evo Morales, o chanceler acrescentou que "o dia 21 de dezembro de 2012 marca o fim do egoísmo e da divisão”. Por essa razão “o 21 de dezembro tem que ser o fim da Coca Cola e o começo do mocochinche (refresco de pêssego)”.” (in site Opera Mundi 01/08/2012)
Há uma série de situações caricatas e que se deseja ver rotuladas como “de esquerda” pelo seu teor supostamente anti-colonialista, anti-capitalista e anti-EUA que não passam tão somente de piadas de mau gosto. Um terceiro-mundismo altrapassado, derrotado e sem perspectivas porém verberado com energia, pompa e circunstância.
Nada mais expressivo dessa “visão de mundo” que a figura e os discursos do general Hugo Chaves, presidente eterno da Venezuela, na cerimônia de inclusão de seu país no Mercosul, tratando o que deveria ser uma adesão a um organismo institucional internacional de caráter eminentemente econômico e comercial como um ato de bravura e independência, quase como uma declaração de guerra.
E, como ato concreto imediato dessa adesão, o que faz? Justamente isso, compra da Embraer aviões de guerra. Talvez para ajudar seu amigo Evo Morales, da Bolívia, a expulsar os tanques da Coca-Cola, ou sua parceira Cristina Kirchner a enfrentar agricultores e jornais desarmados.
Felizmente, os dirigentes brasileiros inda não chegaram ainda a tal grau de distúrbio político-pscicológico, embora de vez em passem perto de fazê-lo, como a Presidente Dilma e Ministro do Esporte Aldo que, magoadinhos que ficaram com a participação de Marina Silva na cerimônia da abertura dos Jogos Olímpicos de Londres, passarram, deselegantemente, a desdenhar e desqualificar o espetáculo, sua simbologia e suas mensagens pacifistas e a desafiar os britânicos com a abertura a ser feita nos próximos jogos no Brasil.
Seria mais produtivo investir mais e melhor em educação e esportes e, talvez assim em 2016, fiquemos com melhores condições de competir, dentro do espírito olímpico, com quem quer que seja.
Urbano Patto é Arquiteto-Urbanista, Mestre em Gestão e Desenvolvimento Regional, Secretário do Partido Popular Socialista - PPS - de Taubaté e membro Conselho Fiscal do PPS do Estado de São Paulo. Comentários, sugestões e críticas para urbanopatto@hotmail.com
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