Governador de Pernambuco mostrou otimismo ao dizer que poderá se tornar a "primeira via" em 2014
Carlos Rollsing
Candidato à Presidência da República em 2014, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), está cumprindo agenda nesta quinta-feira em Porto Alegre. Ele chegou à Capital no meio da tarde e rumou diretamente à sede do PPS, sigla com a qual Campos costura uma aliança.
No encontro, acompanhado por diversas lideranças do PSB, Campos fez o convite de parceria ao presidente estadual do PPS, Paulo Odone.
Após a conversa, Campos conversou com jornalistas. Defendeu a necessidade de renovação na política, fez críticas ao governo federal e demonstrou otimismo.
— Alguns nos chamam de terceira via, mas talvez lá em outubro do próximo ano, quando as urnas se abrirem, essa seja a primeira via — afirmou.
Campos ainda comentou o momento de tensão entre PT e PSDB, que vivem dias de embates e trocas de acusações por conta das prisões do mensalão e denúncias de cartel no sistema de trem e metrô de São Paulo.
— Esse debate mostra que está esgotada a polarização (entre PT e PSDB) e reforça um sentimento que é mostrado nas pesquisas de opinião pública desde janeiro: 70% da população entende que essa polarização está superada e que é preciso um novo caminho — afirmou.
Sobre o futuro, fez críticas ao desempenho da economia do Brasil.
— A inflação a todo momento incomoda o assalariado de baixa renda, sobretudo nos alimentos. Estamos sempre pensando na próxima semana. Os grandes blocos econômicos e nações estão pensando na próxima década. O Brasil precisa criar um ambiente econômico que dê segurança aos investidores, reduzir o endividamento das famílias. Desde 2011, o Brasil acresce abaixo da média dos seus vizinhos da América Latina — disse Campos.
Ainda nesta quinta-feira, o pernambucano cumpriu agenda em um café da Rua Padre Chagas, concedeu entrevista coletiva e foi palestrante em jantar do Lide Sul (Grupo de Líderes Empresariais).
Na entrevista coletiva, em uma sala do Hotel Sheraton, Campos afirmou que o país "demorou a iniciar uma política de concessões" de serviços públicos. Em consequência disso, disse ele, o Brasil enfrenta gargalos de infraestrutura. Para o pernambucano, o desafio é fazer as concessões com base em "bons contratos" para o interesse público.
Ao comentar a reunião com o líder do PSB, Paulo Odone afirmou que o PPS fará um congresso estadual no sábado para discutir a eleição à presidência.
— Certamente, neste congresso, vamos ter um indicativo. Eu acho hoje que a grande maioria tende a preferir o engajamento junto com o PSB e a Rede, com a candidatura do Eduardo — antecipou Odone.
Sobre a posição do PPS na disputa pelo Palácio Piratini, Odone citou as hipóteses de apoio a Ana Amélia Lemos (PP), José Ivo Sartori (PMDB) e Vieira da Cunha (PDT), mas explicou que o momento é apenas de conversações.
— O certo é que não estaremos com o PT — disse.
Fonte: Zero Hora (RS)
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