sábado, 30 de novembro de 2013

Aécio provoca PT e Cardozo

Tucano afirma que PT é "useiro e vezeiro" de documentos para acusar adversários e que o ministro "está nervoso"

SÃO PAULO - O presidente do PSDB e pré-candidato à Presidência em 2014, Aécio Neves, afirmou ontem que o PT "é useiro e vezeiro de documentos para acusar adversários quando chega campanha". O tucano fez referência às suspeitas de falsificação em documentos enviados pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, à Polícia Federal (PF) nas investigações do cartel no Metrô e na CPTM em São Paulo. O PSDB acusa os petistas de teriam manipulado documentação sobre a investigação do esquema para comprometer políticos do partido.

Aécio lembrou os casos dos "aloprados", referência ao escândalo de uso de dossiês por petistas na campanha de 2006 para atingir a candidatura de José Serra (PSDB) ao governo paulista e da quebra de sigilo de Serra durante a campanha eleitoral de 2010. "Lamento a posição do ministro. Não pode permitir que as instituições do Estado estejam a serviço de projeto político. É preocupante a falsificação e vazamento seletivo que colocam nomes de pessoas que tem trajetória política no PSDB", afirmou Aécio, ao chegar para uma palestra no Sindicato da Construção Civil, em São Paulo.

"O ministro (Cardozo) está um pouco nervoso com essa questão. Ele não precisa esperar convite para ir ao Congresso se explicar e seria muito mais fácil porque um documento que diz que entregou à PF, dois delegados disseram que eram essa falsificação", provocou o tucano.

FALSIFICAÇÃO
Os dirigentes do PSDB acusam o PT de ter adulterado o relatório original do ex-executivo da Siemens Everton Rheinheimer, que apontava o pagamento de propinas aos governos tucanos de São Paulo de Mario Covas, José Serra e Geraldo Alckmin. Os tucanos distribuíram cópias do documento, em inglês e em português, que mostram que a tradução não corresponde ao original.

Segundo os tucanos, o relatório original entregue pelo ex-executivo à empresa não traz qualquer citação ao PSDB ou nomes de parlamentares tucanos. De acordo com o PSDB, a citação ao partido foi forjada, dando origem a um documento falso entregue na versão traduzida para o português que consta no processo aberto pela Polícia Federal.

Fonte: Jornal do Commercio (PE)

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