André Guilherme Vieira – Valor Econômico
SÃO PAULO - O pré-candidato tucano à Presidência da República, senador Aécio Neves, disse ontem que as visitas da presidente Dilma Rousseff a Minas Gerais têm provocado a queda do candidato petista ao governo mineiro, Fernando Pimentel: "A Dilma cada vez que ela vai a Minas, o Pimentel cai cinco pontos nas pesquisas. Veja as de hoje. Ela tem de continuar nos visitando", disse Aécio ao chegar ao evento Top Etanol, em São Paulo, que também contou com a presença de seu adversário na corrida presidencial, o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB).
Pesquisa encomendada à CP2 Consultoria e divulgada pelo jornal "O Tempo" mostra Pimentel com 30,6% das preferências, contra 19,4% do ex-ministro Pimenta da Veiga (PSDB). A margem de erro da pesquisa é de 1,98%. O levantamento ouviu 2.062 pessoas entre os dias 23 e 27 de maio
Em sua palestra a empresários do setor sucroalcooleiro, o tucano voltou a ironizar a adversária ao afirmar que concordava com Dilma: "Em novembro as coisas vão melhorar. Mas para isso é preciso que ela perca a eleição." Foi aplaudido pela plateia de cerca de 200 pessoas.
Campos, em seu discurso, disse que é preciso alterar o critério de tributação para o setor sucroalcooleiro: "É preciso deixar claro o diferencial entre o que é combustível fóssil e o que é renovável. É o que se espera no mundo inteiro. E vamos fazer isso sem aumento de carga tributária", afirmou.
Indagado sobre qual será a decisão do PSB para a eleição a governador em São Paulo, Campos deu menos peso ao apoio à reeleição de Geraldo Alckmin: "O que a direção nacional sempre desejou foi pela candidatura própria aqui".
Pela manhã, seu futuro oponente Aécio Neves atacou uma das propostas tratadas como prioridade pelo PT: a regulamentação da mídia. "Vamos usar o termo correto: controle social da mídia é censura", afirmou o senador, durante evento promovido pelo jornal "O Estado de S. Paulo" e a Corpora. Aécio usou o tema para insinuar ainda que a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) pode comprometer a independência do Supremo Tribunal Federal (STF).
"Depois da saída precoce do ministro Joaquim Barbosa, no próximo governo serão cinco novas vagas abertas no STF. Não preciso falar mais nada", disse. Questionado sobre quando faria o reajuste do preço da gasolina em sua eventual eleição, tergiversou: "Não posso falar sobre isso sem estar no governo e conhecer os números". (Com agências noticiosas)
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