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Pré-candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos convocou dirigentes, militantes e simpatizantes dos partidos que compõem a aliança com a Rede Sustentabilidade, PPS, PPL, PRP e PHS, a estimular a participação popular nas eleições desse ano. “Nosso desafio é buscar a participação do povo indignado com tanta coisa errada”, avisou. “Vamos ganhar as ruas, o campo, as pequenas cidades do Brasil. Vamos buscar os descrentes que querem votar em branco e nulo”. Segundo ele, apenas a alternância de poder mudará o rumo do país. “Estamos vivendo o tempo de mais baixo crescimento da economia, não há desenvolvimento no Brasil real”, afirmou. “Estão em risco as conquistas dos últimos ciclos, que fazem parte do cotidiano muito duro do brasileiro que trabalha. O brasileiro não tem uma vida fácil e tranquila”, emendou, referindo-se à volta da inflação.
De passagem por Goiânia, onde participaram do último encontro programático regional da aliança para a formulação do programa de governo, Campos e Marina Silva, sua candidata a vice, foram enfáticos ao pontuar que tanto o PT quanto o PSDB tiveram a oportunidade de avançar nas mudanças, mas não o fizeram. “O governo não teve humildade para reconhecer a necessidade de mudar o rumo”, disse o socialista, comentando o fraco desempenho da economia. “"O PSDB já teve uma chance de dizer e fazer pelo Brasil. Não disse o que precisava e não fez. O PT já teve a sua chance. E não disse tudo o que precisava, porque nunca priorizou o desenvolvimento sustentável. É a vez de reconhecer as coisas boas que os dois governos fizeram, nos comprometermos com sua manutenção, mas também com a correção dos erros", disse Marina.
O evento aconteceu no auditório do Centro de Convenções de Goiânia, que recebeu centenas de militantes e dirigentes dos partidos da aliança para mais um dia de trabalho. Eduardo Campos defendeu a importância do programa de governo não apenas para o debate eleitoral, mas principalmente para a governabilidade de sua futura gestão – ele reafirmou que as parcerias serão sustentadas por um projeto. “Queremos um programa de governo que fale com o Brasil real”, avisou. “Não vamos tirar o Brasil do rumo errado sem aposentar a velha política. Na oposição, o fisiologismo padece, perece e morre”, garantiu. “Essa eleição não será ganha pela estrutura, mas pela postura”, endossou Marina Silva.
Candidata a vice, a ex-senadora exortou os partidos da alianças a quebrarem paradigmas e aprofundarem o debate dos problemas do país, de modo a aproximar o projeto liderado por Campos da população. “Não existem salvadores da pátria. Nós não vanos fazer para vocês, nós vamos fazer com vocês. Nós queremos um Brasil capaz de manter as conquistas, mas não vamos parar por aí”. Segundo ela, mais que criticar e apontar os problemas é preciso clareza para apontar soluções novas. “Esse não é o momento de desistir, mas de persistir pelo Brasil que queremos”.
O evento, realizado em Goiânia, foi o último da série de seminários realizados em todas as regiões do país. Encontro promovido e organizado pela Fundação João Mangabeira (FJM).
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