• Ex-governador do Rio Grande do Sul afirma que PT se tornou “acessório” nas decisões governamentais
Flávio Ilha – O Globo
PORTO ALEGRE — O ex-governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, usou sua conta no Twitter nesta quarta-feira para criticar a escolha do vice-presidente Michel Temer (PMDB) para a função de articulador político do governo. Em quatro posts, Tarso disse que o PT, com a decisão da presidente Dilma Rousseff, ficou à margem das decisões políticas e se apresenta, cada vez mais, como "acessório" do governo.
E acrescentou que o partido da presidente não é solicitado para discussões dentro do próprio governo.
O ex-ministro da Secretaria de Relações Institucionais Pepe Vargas, demitido oficialmente na última terça-feira, discordou do ex-governador.
— Eu não concordo com a afirmação do companheiro Tarso Genro, até porque a presidente da República é do PT, e o PT não é um acessório do governo — afirmou o ex-ministro.
Segundo Genro, a decisão tem potencial de gerar uma nova crise caso não dê os resultados pretendidos pela presidente.
Crítico da aliança com o PMDB, Tarso já havia rejeitado a manutenção do acordo em entrevista a O GLOBO em 2013. Na ocasião, o então governador disse que a aliança estava "superada" e que o PMDB fazia um "bloqueio inconcebível" às propostas do governo em se tratando de um partido de sustentação ao governo. Na entrevista, Tarso também havia criticado a manutenção de Michel Temer como candidato a vice na chapa encabeçada por Dilma.
Em outro post, o ex-governador também criticou a condução do governo em relação à votação do PL 4330, que regulamenta as terceirizações no mercado de trabalho e, segundo Tarso, é lesivo aos trabalhadores.
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