• Vagner Freitas diz estar pronto para evitar derrubada de Dilma
- O Globo
Em um encontro de Dilma com movimentos sociais no Palácio do Planalto, o presidente da CUT, Vagner Freitas, ameaçou “pegar em armas” em defesa do governo. Em um evento que reuniu ontem à tarde, no salão nobre do Palácio do Planalto, cerca de mil integrantes de movimentos sociais ligados ao governo, o presidente da Central Única dos Trabalhadores ( CUT), Vagner Freitas, partiu para o radicalismo ao discursar em apoio à presidente Dilma Rousseff. Ele alertou estar preparado com ‘‘ armas’’ e um ‘‘ exército’’ para barrar qualquer tentativa de ‘‘ coxinhas’’ de tirá- la do poder.
— Somos defensores da unidade nacional, da construção de um projeto de desenvolvimento para todos e para todas. E isso implica, neste momento, ir para as ruas entrincheirados, com armas nas mãos, se tentarem derrubar a presidenta — disse Freitas.
No início da noite, o presidente da CUT procurou o ‘‘ Jornal Nacional’’, da Rede Globo, para afirmar que houve um mal- entendido, que não teve a intenção de incitar a violência e que, no discurso, ao falar em armas, usou ‘‘ uma figura de linguagem’’. Freitas afirmou ainda que, ao citar a palavra “exército’’, referiu- se a ‘‘ organizações de trabalhadores, greves e atos públicos na defesa da democracia’’.
No mesmo evento, Dilma foi saudada aos gritos de ‘‘ não vai ter golpe’’. Porém, logo em seguida, ouviu palavras de ordem contra o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Entre elas, ‘‘ ô, Levy, fala pra tu, volta para o Bradesco ou para o banco Itaú’’ e ‘‘ fora já, fora já daqui, Eduardo Cunha junto com Levy’’.
— Não estou aqui para resolver todos os problemas este ano. Estou aqui para resolver todos os problemas e entregar um país muito melhor no dia 31 de dezembro de 2018 — afirmou Dilma.
Em seu discurso, a presidente voltou a reconhecer que o país vive um momento de dificuldade, mas garantiu que ficará no cargo até o fim de seu mandato.
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