“O ponto mais baixo dessa história se passo
u sem dúvida durante a era petista, em que a corrupção eleitoral transformou-se em uma política de Estado. A coincidência de a lista de Fachin ter sido divulgada quase ao mesmo tempo em que o depoimento do ex-presidente da Odebrecht foi prestado ao juiz Sérgio Moro realça a tese de que o PT não apenas adotou os métodos em vigor na política brasileira quando Lula chegou ao poder em 2003, como os aprofundou para dar a seu partido uma capacidade financeira que lhe permitisse ficar no poder por pelo menos 20 anos, como era o plano inicial de seu principal pensador, o ex-ministro José Dirceu — preso em decorrência dos dois grandes escândalos que foram desvendados nos últimos dez anos, o mensalão e o petrolão, um decorrente do outro.”
*Merval Pereira é jornalista, “Hora da renovação”, O Globo, 12/4/2017
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