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A Executiva Nacional do PPS condenou, nesta terça-feira (15), em Brasília, a adoção do distritão para eleição de deputados e vereadores nas eleições de 2018 e o fundo eleitoral de R$ 3,6 bilhões para financiar as campanhas eleitorais aprovados pela comissão da Câmara que analisa a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 77/03) que muda nas regras eleitorais. Os dirigentes do partido também aprovaram na reunião notas de solidariedade ao povo venezuelano e em defesa da democracia no país vizinho (veja aqui); apoio à reforma política com a adoção do parlamentarismo a partir de 2022 e moção (veja abaixo) à iniciativa de debate em torno da “Roda de Conversa” sobre a realidade brasileira a partir da esquerda democrática
O presidente do partido, deputado federal Roberto Freire (SP), disse que a rejeição pela Câmara do pedido de investigação contra o presidente Michel Temer deu um “desafogo” para o governo de transição e que agora a “sociedade começa se mobilizar” para as eleições de 2018. Segundo ele, isso é “importante porque representa a volta da política” e a busca de alternativas para o País depois de 13 anos de governo do PT. “A roda democrática está rodando”, afirmou.
Freire disse ainda que o distritão “não vai funcionar” e considerou que a proposta representa o “fim dos partidos”. Já sobre o fundo bilionário para a campanha eleitoral, o presidente do PPS avaliou que a proposta pode ganhar força por atender os interesses dos grandes partidos. O partido decidiu que vai votar contra as duas propostas.
Mobilização
O senador Cristovam Buarque (PPS-DF) defendeu que o PPS inicie mobilização com “outros blocos” para a “construção de 2018”. Ele também manifestou-se contra o fundo eleitoral e o financiamento privado de campanha. “O Brasil é amarrado em regras arcaicas. O PPS é o partido das reformas e da desamarração do Brasil”.
A deputada federal Luzia Ferreira (MG) criticou a criação do fundo ao dizer que “não dá para inventar dinheiro novo” para abastecer as campanhas eleitorais no momento de grave crise fiscal e econômica que o País enfrenta.
O vice-presidente do PPS, deputado estadual Davi Zaia (SP), disse que o distritão é um “desastre” para a representatividade e que o financiamento público de campanha pelo fundo eleitoral não tem o respaldo da sociedade.
“Moção
Por sugestão de seu presidente, deputado Roberto Freire (SP), a Executiva Nacional do PPS aprovou um voto de aplausos à iniciativa de vários militantes e cidadãos que em torno da Roda Democrática têm promovido debates sobre a realidade brasileira, a partir da perspectiva de uma esquerda democrática. Essas discussões visam resgatar valores que foram desprezados depois de 13 anos da experiência de governos sob a hegemonia do PT e seus aliados, todos subordinados à lógica do lulopetismo.
Por ser imprescindível neste momento, esse trabalho de articulação faz parte do esforço de aglutinação de forças sociais e políticas em torno do campo da esquerda democrática, e busca unificar os vários partidos e que se identificam com bandeiras e propostas de enfrentamento para a superação de uma esquerda regressista, que não sente a menor vergonha de apoiar ditaduras de “esquerda” e seu caráter marcadamente autoritário, de um lado. E de outro, uma direita marcadamente reacionária cuja maior liderança busca se destacar no apoio incondicional à tortura e a torturadores.
Neste contexto, a Roda Democrática é um importante espaço de debate em torno de questões concretas que o País atravessa, assim como espaço de construção de uma unidade em torno da ampliação e aprofundamento da democracia e da equidade, conformando um amplo e forte campo da esquerda democrática, para a superação dos desafios postos pela conjuntura e construção de uma renovada alternativa de esquerda para o Brasil.
Brasília, 15 de agosto de 2017.
Executiva Nacional do Partido Popular Socialista“
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