Na Geórgia e na Carolina do Sul, até disputa pelo Senado está apertada
Não me lembro quando os Estados de Geórgia e Carolina do Sul votaram em um presidente democrata. Na Carolina do Sul, a última vez foi em 1976. Na Geórgia, foi em 1992 com o sulista Bill Clinton. Donald Trump venceu a Geórgia por 5 pontos e a Carolina do Sul por 14 pontos, em 2016. Hoje, está 1,2 ponto atrás na Geórgia e lidera com apenas 7 pontos na Carolina do Sul.
As disputas pelo Senado nos dois Estados também estão apertadas. É impressionante pensar que um democrata poderia ganhar na Geórgia e três democratas poderiam ser eleitos para o Senado em dois redutos republicanos. Isso é um problema assustador para Trump, visto que Joe Biden nem sequer precisa vencer nesses Estados para se tornar presidente, nem o Partido Democrata precisa de qualquer uma dessas três cadeiras para obter a maioria no Senado.
Biden
está à frente nos Estados que ele realmente precisa para vencer (Wisconsin,
Michigan, Pensilvânia) e está um pouco à frente em Iowa, Flórida, Arizona e
Carolina do Norte. Em resumo, os Estados que Biden tem de vencer estão seguros.
No dia da eleição, as votações de Geórgia e Carolina do Sul se encerram às 19
horas. As urnas serão fechadas às 19h30 na Carolina do Norte. Em partes da
Flórida, a eleição termina às 19 horas e o restante às 20 horas. Isso significa
que saberemos cedo sobre como estará a temperatura do eleitorado.
Se
vencer no Meio-Oeste (Michigan, Wisconsin e Pensilvânia), Biden já terá 278
votos no colégio eleitoral. Se ganhar também Flórida, Geórgia, Ohio, Carolina do
Norte e Arizona terá 367. E ainda há outros Estados que o democrata pode vencer
– como Iowa e Texas. Cada vez mais, a dúvida é o tamanho da vitória de
Biden.
Se
Biden for declarado cedo vencedor na Costa Leste, os republicanos do Meio-Oeste
podem nem se dar ao trabalho de votar. Pense nisso como um efeito dominó,
caindo de leste para oeste. Por fim, os candidatos republicanos ao Senado estão
em um beco sem saída: com medo de perder a base de apoio, mas alienados de
moderados e independentes. O apego deles a Trump os tornou quase tão
impopulares quanto ele. E não foi por falta de aviso.
* É colunista e se identificava como eleitora do Partido Republicano antes da era Trump
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