Trabalhando
pela destruição do país e a favor do vírus, o presidente tem sido incansável
Em
maio de 2020, o Brasil já era o segundo país do mundo com o maior número de
casos de infectados com o coronavírus:
quase 400 mil pessoas. Na época, em seu comportamento-padrão durante toda a
pandemia, Bolsonaro circulou pelo comércio de Brasília gerando aglomerações.
Incrível, ele usava máscara. Mas logo a tiraria, ao parar numa barraquinha para
comer um cachorro-quente na Asa Norte. Na primeira mordida, recebeu o carinho
da torcida: "Vai trabalhar, vagabundo!".
A
fama de vagabundo, de quem sempre viveu na e da política, o acompanha desde
muito antes da eleição para presidente. Um deputado federal que, em 27 anos de
legislatura, consegue aprovar dois projetos só pode ser um mito.
Seus filhos Flávio, Eduardo e Carlos têm afazeres mais urgentes --contar dinheiro em espécie, comandar o gabinete do ódio, dar curso de como se tornar um perfeito fascista, tirar fotos com Neymar. No Senado, na Câmara dos Deputados e na Câmara Municipal, eles seguem o estilo do papai nos tempos de baixo clero: apresentaram no ano passado 23 propostas, segundo levantamento do repórter Dimitrius Dantas.
Soluções
para o Brasil que vão da propaganda de armas na TV, no rádio e na internet à
criminalização do comunismo.
Chamar
o herói da Praia Grande de vagabundo —ou de indolente, ocioso, preguiçoso,
encostado, desocupado, mandrião, o que mais você quiser— pode funcionar como
desabafo. Mas é uma inverdade. Trabalhando pela destruição do país, Bolsonaro
tem sido incansável. Pois ele sabe que, para levar vantagem em seu projeto de
poder autocrata, há de promover o caos nas instituições (sua pregação contra a
urna eletrônica é um golpe pré-datado), nas relações internacionais, na
educação, na cultura, no meio ambiente e, sobretudo, há de torcer
pelo vírus.
Não
se engane ao ouvir de Bolsonaro que o Brasil
está quebrado. O quebrador é ele.
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