“Quem não quer falar do capitalismo, deveria calar-se sobre o fascismo.” A frase de Max Horkheimer (1895-1973), do tempo da Segundo Guerra, ainda ressoa nesta análise “adorniana” de um novo radicalismo de direita na Alemanha dos anos 1960. Como isso se explica no seio de uma democracia? Theodor W. Adorno (1903-1969) insiste: tal fenômeno é menos um sinal de loucura ou tolice e mais um sintoma de uma transformação social objetiva em curso. Em 1967 o filósofo dizia: “Os pressupostos dos movimentos fascistas, apesar de seu colapso, ainda perduram socialmente, mesmo se não perduram de forma imediatamente política”. Estava ali o alerta: mesmo com o fim do regime nazista, o que o provocara ainda estava presente.
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