Diretório nacional da legenda realizou votação que incluía também PDT e Podemos
Flávio
Ferreira / Folha de S. Paulo
SÃO
PAULO - O Cidadania decidiu compor uma federação
partidária com o PSDB em reunião do diretório nacional neste
sábado (19).
Os
tucanos saíram vencedores após discussões que envolveram também o PDT, do
pré-candidato à Presidência da República Ciro Gomes
(CE), e o Podemos, que cogita lançar o ex-juiz
Sergio Moro (PR) para a disputa ao Palácio do Planalto. O PSDB
tem o governador de
São Paulo, João Doria, como pré-candidato ao Executivo federal.
O
órgão da cúpula do Cidadania chegou à decisão após votação em dois turnos. No
primeiro, o PSDB obteve 54 votos, ante 37 para o PDT e 14 para o Podemos, e
houve 5 abstenções.
Na
rodada final, os tucanos foram escolhidos por 56 dirigentes e o PDT por 47, com
7 abstenções.
De acordo com nota do Cidadania, "agora as Executivas dos dois partidos irão aprofundar as negociações sobre as regras da federação. Entre elas, a que estabelece prioridade na aliança para governadores candidatos à reeleição".
Em
reunião anterior, o diretório nacional do Cidadania havia decidido integrar uma
federação, porém com a manutenção da pré-candidatura do senador
Alessandro Vieira (SE) na eleição presidencial.
Todavia,
logo após a divulgação do resultado, a campanha de Doria enviou nota a
jornalistas sinalizando que a federação terá o tucano à frente da chapa no
pleito de outubro.
"O
Diretório Nacional do Cidadania decidiu neste sábado, dia 18, em votação, que
seguirá para a eleição nacional de 2022 junto com o PSDB. Os presidentes dos
dois partidos, Roberto Freire e o tucano Bruno Araújo, vinham costurando o
acordo em volta do nome de João Doria para Presidente da República. Este é o
primeiro movimento formal de apoio de um partido na decisão do xadrez eleitoral
para o Planalto em 2022", afirmava a nota.
Na
sequência, o presidente do
Cidadania Roberto Freire emitiu nota indicando que ainda não há
definição sobre quem será o candidato da federação.
"Nos
entendimentos prévios à decisão deste sábado, tanto Cidadania quanto PSDB
deixaram claro que têm candidatos à Presidência da República, Alessandro Vieira
(SE) e João Dória (SP), respectivamente. Ambos os partidos decidirão o nome que
representará a federação no processo de consolidação da aliança", afirmou
Freire.
Segundo
o líder partidário, "a decisão por uma federação com o PSDB é um exemplo
de que começa a haver um processo de aglutinação do centro democrático a
indicar uma grande composição para derrotar tanto Bolsonaro quanto Lula nas
eleições de outubro".
As federações
partidárias foram instituídas na reforma eleitoral aprovada no ano passado.
Seu maior objetivo é incentivar as fusões entre as siglas, pois há um número
excessivo de partidos políticos no Brasil.
Caso decidam pela parceria, os partidos devem ficar juntos pelos próximos quatro anos. Esta será a primeira vez que o pleito contará com essa possibilidade.
Um comentário:
Ficar juntos por quatro anos...
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