Folha de S. Paulo
Redes no modo terra de ninguém deixam mais
indefinida disputa entre Lula, governadores e influencers
Os principais governadores de oposição
– Tarcísio
de Freitas, Ronaldo
Caiado, Ratinho Júnior, Eduardo Leite, Romeu Zema –
só pensam naquilo: chegar à Presidência. Caiado é declaradamente candidato.
Fazendo cena e cera, Tarcísio rechaça a ideia.
Não se pode esquecer os representantes do clã. Eduardo Bolsonaro, o filho 03, está louco para entrar no páreo, estribado na extrema direita internacional e na suposta amizade com Trump. A ex-primeira-dama Michelle aguarda a distribuição das peças, orando.
Do outro lado está Lula, hoje com 79
anos e chapéu panamá. Os videntes garantem que ele não terá condições de
concorrer por causa da saúde. No plano B, entra Haddad. Ou mesmo Alckmin, numa tentativa de repetir a frente ampla de
2022 (hipótese que desagrada ao PT). Não tenho bola
de cristal, mas Lula, tocando seu terceiro mandato, só desiste da disputa
amarrado na cama.
Personagem de 2024 e exemplo modelo da moda
dos influenciadores, Pablo Marçal irá
tumultuar. Contra ele – que quase chegou ao segundo turno da eleição a prefeito
de São
Paulo – existe a divulgação de um documento médico falso, o que pode
definir a cassação de seus direitos políticos.
Para compensar a possível ausência de Marçal,
surgiu um representante do agro e das bets: o cantor sertanejo Gusttavo Lima,
Nivaldo na pia batismal. Suspeito de ter lavado dinheiro para organizações
criminosas, ele está nos planos do PL, partido com maior número de votos no
país. A intenção de Nivaldo é crescer no vácuo do capitão, ameaçado de cadeia e
com prestígio em queda. Recente pesquisa Quaest apontou que, entre os
bolsonaristas, 85% desaprovam os atos golpistas do 8/1.
Viralizou a notícia de que Zeca Pagodinho quer trocar Xerém pelo Planalto. O slogan está pronto: "Façamos o Z!"; o nome da coligação, escolhido: "Deixa a Vida me Levar". A orientação do plano econômico é taxar as grandes fortunas, porque "tem gente que vive chorando de barriga cheia". É uma brincadeira, algo bem diferente da cartada do sertanejo. E do movimento das big techs que, ao liberar geral a desinformação, impacta e interfere na eleição presidencial.
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