DEU EM O GLOBO
Candidato do PSDB à Presidência, José Serra disse duvidar que o trem-bala será feito com dinheiro privado e afirmou que os R$ 35 bilhões deveriam ser aplicados em transporte coletivo.
Candidato do PSDB à Presidência, José Serra disse duvidar que o trem-bala será feito com dinheiro privado e afirmou que os R$ 35 bilhões deveriam ser aplicados em transporte coletivo.
"Dá para fazer uma revolução no Brasil" com esse dinheiro, afirmou ele, defendendo investimentos em metrô e rodovias. O tucano também criticou a Infraero, disse que os aeroportos "estão estrangulados" e defendeu a concessão dos terminais, que chamou de shoppings. Sobre a volta da CPMF, disse que isso teria de ser discutido numa reforma tributária.
Na contramão do trem-bala
Serra diz que dinheiro deveria ser investido em metrô e defende concessão de aeroportos
Fabio Brisolla
A conexão entre Rio e São Paulo prevista no projeto do Trem de Alta Velocidade é um desperdício de dinheiro público, na opinião do candidato do PSDB à Presidência, José Serra, que ontem esteve em campanha no Rio. Ele disse duvidar que o projeto possa ser realizado apenas pela iniciativa privada. E ressaltou que um eventual financiamento do BNDES já poderia ser considerado um subsídio com dinheiro público.
Serra também criticou a Infraero e defendeu a concessão para exploração dos terminais.
- Cada terminal é um shopping center, que também movimenta passageiros - afirmou, dizendo que os aeroportos estão "estrangulados no país todo".
Sobre a volta da CPMF, o imposto sobre os cheques, o tucano não se disse não a favor nem contra, afirmando que terá de ser examinada dentro do contexto de uma reforma tributária. As declarações foram feitas no Rio, em entrevista à rádio Tupi e depois para jornalistas, na saída.
Na contramão do trem-bala
Serra diz que dinheiro deveria ser investido em metrô e defende concessão de aeroportos
Fabio Brisolla
A conexão entre Rio e São Paulo prevista no projeto do Trem de Alta Velocidade é um desperdício de dinheiro público, na opinião do candidato do PSDB à Presidência, José Serra, que ontem esteve em campanha no Rio. Ele disse duvidar que o projeto possa ser realizado apenas pela iniciativa privada. E ressaltou que um eventual financiamento do BNDES já poderia ser considerado um subsídio com dinheiro público.
Serra também criticou a Infraero e defendeu a concessão para exploração dos terminais.
- Cada terminal é um shopping center, que também movimenta passageiros - afirmou, dizendo que os aeroportos estão "estrangulados no país todo".
Sobre a volta da CPMF, o imposto sobre os cheques, o tucano não se disse não a favor nem contra, afirmando que terá de ser examinada dentro do contexto de uma reforma tributária. As declarações foram feitas no Rio, em entrevista à rádio Tupi e depois para jornalistas, na saída.
Algumas das afirmações:
TREM-BALA: "O que o governo tem dito é que o trem-bala é privado. Eu duvido. Tem dito que custa R$35 bilhões. Eu duvido. Sabe quanto tem em túneis? Uns 90 quilômetros. Já imaginou o que é fazer isso só em túneis? E só para transportar passageiros. Não tem uma demanda garantida. Se fizer metrô até São Gonçalo, Itaboraí, sabe que vai ter gente. Mas nesse caso, eles esperam que, tendo o trem, o pessoal vai ser estimulado a viajar. Se o capital privado quiser fazer, tudo bem. Se for tudo dinheiro do BNDES, subsidiado, sem garantias adequadas, acaba sendo dinheiro público. Com R$35 bilhões, nós podíamos triplicar o metrô do Rio, fazer o metrô de Belo Horizonte, de Salvador, de Fortaleza, em São Paulo. Podíamos fazer a Norte-Sul, a Ferronorte e a Transnordestina, que seria muito importante para o Nordeste. Se tiver dinheiro público, prefiro transporte coletivo. Com todo esse dinheiro, dá pra fazer uma revolução no Brasil."
O PAPEL DO BNDES: "O BNDES usa recursos do Tesouro, subsidiado por todos nós. Ele deve usar o dinheiro para criar empregos no Brasil, não frigoríficos que estão criando empregos lá fora. Nem financiar fusões de empresas porque esses processos acabam cortando empregos."
AEROPORTOS: "Por todo canto, os aeroportos estão estrangulados. Qualquer capital brasileira tem problema com aeroporto porque o movimento é acima de capacidade. E realmente não se fez nada até agora. Mesmo no Rio, é uma coisa lenta. A Infraero funciona muito mal. Tem de fazer concessões para administrar terminais. Cada terminal é um shopping center, que também movimenta passageiros. Isso aceleraria muito (as mudanças) sem trazer custo do ponto de vista do usuário."
COPA DO MUNDO: "Quando começou a discussão sobre Copa, eu disse que a final tinha de ser no Maracanã. Mas tem que arrumar o estádio, com problemas de drenagem, de água. Estou preocupado porque não começou. É preciso tocar isso para frente. Falar menos e fazer acontecer. A Copa está atrasada no Brasil inteiro. Não vejo as coisas andarem. E ainda tem as Olimpíadas, que exigem muito mais da cidade."
OS RISCOS DO PRÉ-SAL: "O governo brasileiro precisa ser cauteloso nessa matéria. Evidentemente, todo mundo torce para que não haja problemas na exploração do pré-sal. Precisamos estar prevenidos e triplicar os cuidados, porque um desastre ecológico poderia pôr tudo a perder."
O FIM DA CPMF: "O governo mandou renovar a CPMF no Congresso, mas não vinculando à saúde. Eu era governador de São Paulo. O Lula pediu ajuda, eu ajudei. Só que perdeu no Congresso, inclusive porque a base do governo votou contra (a CPMF). Aqueles que apoiam o governo votaram contra. Na época, eu disse para o Lula: para salvar a CPMF, o único jeito é vincular à saúde. Mesmo assim não passou."
A VOLTA DA CPMF: "É uma questão que vai ser examinada no contexto de uma mudança tributária: se sim ou se não."
LULA EM CAMPANHA: "Usar a máquina não se justifica. No caso da Dilma, está sendo usada porque ela não caminha pelas próprias pernas do ponto de vista de candidatura. É fruto, na verdade, de marqueteiros, uma coisa construída. Precisa ser constantemente turbinada pela máquina do governo. A verdadeira Dilma não está aparecendo."
MENTIRAS: "Tem profissionais da mentira no Brasil. Virou uma profissão. Daqui a pouco, vão querer piso salarial, regulamentação, quinquênio. São os profissionais da mentira. Até as paredes do Congresso sabem que fui eu quem criou o FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador). É como questionar que você seja o pai do seu filho.
TREM-BALA: "O que o governo tem dito é que o trem-bala é privado. Eu duvido. Tem dito que custa R$35 bilhões. Eu duvido. Sabe quanto tem em túneis? Uns 90 quilômetros. Já imaginou o que é fazer isso só em túneis? E só para transportar passageiros. Não tem uma demanda garantida. Se fizer metrô até São Gonçalo, Itaboraí, sabe que vai ter gente. Mas nesse caso, eles esperam que, tendo o trem, o pessoal vai ser estimulado a viajar. Se o capital privado quiser fazer, tudo bem. Se for tudo dinheiro do BNDES, subsidiado, sem garantias adequadas, acaba sendo dinheiro público. Com R$35 bilhões, nós podíamos triplicar o metrô do Rio, fazer o metrô de Belo Horizonte, de Salvador, de Fortaleza, em São Paulo. Podíamos fazer a Norte-Sul, a Ferronorte e a Transnordestina, que seria muito importante para o Nordeste. Se tiver dinheiro público, prefiro transporte coletivo. Com todo esse dinheiro, dá pra fazer uma revolução no Brasil."
O PAPEL DO BNDES: "O BNDES usa recursos do Tesouro, subsidiado por todos nós. Ele deve usar o dinheiro para criar empregos no Brasil, não frigoríficos que estão criando empregos lá fora. Nem financiar fusões de empresas porque esses processos acabam cortando empregos."
AEROPORTOS: "Por todo canto, os aeroportos estão estrangulados. Qualquer capital brasileira tem problema com aeroporto porque o movimento é acima de capacidade. E realmente não se fez nada até agora. Mesmo no Rio, é uma coisa lenta. A Infraero funciona muito mal. Tem de fazer concessões para administrar terminais. Cada terminal é um shopping center, que também movimenta passageiros. Isso aceleraria muito (as mudanças) sem trazer custo do ponto de vista do usuário."
COPA DO MUNDO: "Quando começou a discussão sobre Copa, eu disse que a final tinha de ser no Maracanã. Mas tem que arrumar o estádio, com problemas de drenagem, de água. Estou preocupado porque não começou. É preciso tocar isso para frente. Falar menos e fazer acontecer. A Copa está atrasada no Brasil inteiro. Não vejo as coisas andarem. E ainda tem as Olimpíadas, que exigem muito mais da cidade."
OS RISCOS DO PRÉ-SAL: "O governo brasileiro precisa ser cauteloso nessa matéria. Evidentemente, todo mundo torce para que não haja problemas na exploração do pré-sal. Precisamos estar prevenidos e triplicar os cuidados, porque um desastre ecológico poderia pôr tudo a perder."
O FIM DA CPMF: "O governo mandou renovar a CPMF no Congresso, mas não vinculando à saúde. Eu era governador de São Paulo. O Lula pediu ajuda, eu ajudei. Só que perdeu no Congresso, inclusive porque a base do governo votou contra (a CPMF). Aqueles que apoiam o governo votaram contra. Na época, eu disse para o Lula: para salvar a CPMF, o único jeito é vincular à saúde. Mesmo assim não passou."
A VOLTA DA CPMF: "É uma questão que vai ser examinada no contexto de uma mudança tributária: se sim ou se não."
LULA EM CAMPANHA: "Usar a máquina não se justifica. No caso da Dilma, está sendo usada porque ela não caminha pelas próprias pernas do ponto de vista de candidatura. É fruto, na verdade, de marqueteiros, uma coisa construída. Precisa ser constantemente turbinada pela máquina do governo. A verdadeira Dilma não está aparecendo."
MENTIRAS: "Tem profissionais da mentira no Brasil. Virou uma profissão. Daqui a pouco, vão querer piso salarial, regulamentação, quinquênio. São os profissionais da mentira. Até as paredes do Congresso sabem que fui eu quem criou o FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador). É como questionar que você seja o pai do seu filho.
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