Barão, ainda adolescente:
“No colégio, em outra ocasião, ele voltou a dar mostra de um raro talento para o desacato à autoridade. Durante uma aula de Português, um dos professores, Oswaldo Vergara, que mais tarde se tornaria importante advogado, pediu um exemplo de conjugação de um verbo no mais-que-perfeito. O jovem Aparício não resistiu à tentação e levantou o dedo:
- O burro vergara ao peso da carga.
Apesar da brincadeira, o mestre acabou aprovando o aluno e comentou depois com os outros professores: “Sim, ele realmente foi desaforado, mas revelou ter o mais importante: conhecimento. Não havia razão para massacrá-lo. O mundo se encarregará dele”, profetizou o professor.
A despeito das demonstrações de irreverência, era estimado pelos professores, provavelmente por suas boas notas. “
FONTE: Claudio Figueiredo. As duas vidas de Aparício Torelly: O Barão de Itararé. Editora Record, Rio de Janeiro, 1987.
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