Não deixa de ser
hilária uma nota de condenação às "forças conservadoras" assinada por
Marcos Pereira (PRB e Iurd), Valdir Raupp (PMDB) e Carlos Lupi (PDT), afastado
do Ministério do Trabalho pela presidente Dilma Rousseff.
Articulada pelo
presidente do PT, Rui Falcão, a nota foi assinada ainda pelos do PC do B,
Renato Rabelo, e do PSB, Eduardo Campos, que anda às turras com os petistas e
com o principal alvo da manifestação de apoio -o ex-presidente Lula.
Lembrando Getúlio
Vargas, de 1954, e João Goulart, de 1964, a nota de seis partidos governistas é
contra os três que restaram na oposição -PSDB, PPS e DEM- e diz que as tais
forças conservadoras "revelam-se dispostas a qualquer aventura", até "pressionam
o STF (...) para golpear a democracia" e, de quebra, "reverter as
conquistas que marcaram a gestão do presidente Lula".
Eu, hein?! A
oposição, tão mirrada, está tentando promover um golpe à la Getúlio e à la
Jango? É capaz de pressionar a mais alta corte de Justiça do país? O Supremo
seria passível de pressões de tucanos, de demos e do PPS, se 8 dos 10 ministros
foram indicados em gestões petistas? PSDB, DEM e PPS são responsáveis pela não
entrevista (não citada no texto) em que Marcos Valério joga Lula na fogueira do
mensalão?
Não dá para entender
nada, a não ser que o julgamento do mensalão, a candidatura empacada de
Fernando Haddad em São Paulo e as dificuldades em outras capitais estão subindo
à cabeça não só de Lula, mas igualmente da atual cúpula do PT.
Como não deu para
entender a exclusão dos partidos de parlamentares condenados no mesmo dia pelo
relator do mensalão, Joaquim Barbosa: PTB, PR (antigo PL) e PP. Paulo Maluf,
aliado dos governos Lula e Dilma e da campanha de Haddad, deve estar magoado pela
discriminação.
Sem falar que PT e
PRB assinam a nota juntos, mas quem está derrotando Haddad é Celso Russomanno.
FONTE FOLHA DE S. PAULO
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