Seis
partidos da base governista, incluindo o PT e o PRB do candidato a prefeito de
SP Celso Russomanno, emitiram ontem nota de desagravo a Lula e com ataques a
PSDB, DEM e PPS, após a oposição ameaçar pedir apuração sobre suposta relação
do ex-presidente com o mensalão. A nota foi antecipada pela repórter Julia
Duailibi no estadão.com.br. A manifestação, organizada no momento em que o
petista Fernando Haddad oscilou negativamente em pesquisa, ataca o que chama de
"forças conservadoras" e "práticas golpistas". A ideia do
desagravo partiu do próprio Lula, informa Vera Rosa
PT
convoca aliados para defender Lula
PSB, PMDB, PC do B,
PDT e PRB de Russomanno unem-se a petistas e dizem que "forças
conservadoras" adotam "práticas golpistas" ao usar mensalão
Julia Duailibi
Seis partidos da base
governista emitiram ontem nota em desagravo ao ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva e com ataques ao PSDB, DEM e PPS, após a oposição ameaçar ingressar
com pedido de investigação sobre acusações de que o petista seria o chefe do
mensalão. Capitaneada pelo PT, a manifestação foi organizada no momento em que
o candidato do partido à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, oscilou
negativamente em pesquisa de intenção de voto.
Na nota, os
presidentes do PT, PSB, PMDB, PC do B, PDT e PRB atacam o que chamam de
"forças conservadoras" que estariam dispostas a "qualquer
aventura" e falam em "práticas golpistas". Citam 1954,
"quando inventaram um "mar de lama" para afastar Getúlio
Vargas", e 1964, "quando derrubaram Jango para levar o País a 21 anos
de ditadura".
A manifestação
menciona reportagem da revista Veja do fim de semana passado, na qual
declarações atribuídas ao empresário Marcos Valério, operador do mensalão,
envolvem diretamente Lula com o esquema. Após a divulgação da reportagem, a
oposição disse, em nota, que cobrará do Ministério Público a investigação dos
fatos assim que terminado o julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal.
Para os presidentes
dos partidos governistas, a oposição quer "confundir" a opinião
pública. "Quando pressionam a mais alta Corte do País, o STF, estão
preocupados em fazer da ação penal 470 (a do mensalão) um julgamento político,
para golpear a democracia e reverter as conquistas que marcaram a gestão do presidente
Lula", afirmaram.
A confecção da nota
foi divulgada num momento em que o embate eleitoral entre PT e PSDB aumentou,
principalmente em São Paulo. Pesquisa Datafolha divulgada ontem mostrou que o
candidato do PSDB, José Serra, distanciou-se de Haddad, com quem estava
tecnicamente empatado no segundo lugar, atrás de Celso Russomanno (PRB). O
tucano oscilou positivamente um ponto e tem agora 21% das intenções de voto
contra 15% do petista, que oscilou negativamente dois pontos.
Nas últimas semanas,
a campanha de Serra usou inserções no rádio e na TV para ligar Haddad a réus no
processo do mensalão, como o ex-ministro José Dirceu e o ex-presidente do PT
José Genoino. Em ato de campanha do tucano na terça-feira, o ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso pediu engajamento na "recuperação moral" do
País, referindo-se ao processo no STF.
A estratégia dos
tucanos suscitou cobranças entre petistas, para que houvesse uma reação por
parte da campanha de Haddad, que deveria politizar mais o debate e apontar
também questões éticas no campo adversário.
Assinaram a nota de
ontem os presidentes do PT, Rui Falcão, do PSB, Eduardo Campos, do PMDB, Valdir
Raupp, do PC do B, Renato Rabelo, do PDT, Carlos Lupi, e do PRB, Marcos
Pereira. PRB, PMDB e PDT têm candidatos próprios em São Paulo: Russomanno,
Gabriel Chalita e Paulinho, respectivamente.
O Estado apurou que o
presidente do PT telefonou para os integrantes das demais siglas para pedir que
assinassem o documento. Todos os partidos que subscreveram o texto têm cargos
no governo federal. Na segunda-feira, a Executiva do PT convocou os militantes
para "uma batalha do tamanho do Brasil" em defesa do PT e de Lula.
FONTE: O ESTADO DE S.
PAULO
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