Ministro alega que jantar de presidente Dilma com peemedebistas é só para
comemorar as parcerias eleitorais deste ano
Rafael Moraes Moura
BRASÍLIA - O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho,
negou ontem que a presidente Dilma Rousseff esteja tocando uma reforma
ministerial para reorganizar o espaço político dos partidos aliados. O
comentário foi feito antes do jantar que Dilma ofereceria para as cúpulas do PT
e do PMDB no Palácio da Alvorada na noite de ontem. Antes, Dilma encontrou-se
por 4 horas com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do
Alvorada.
"A presidenta não está falando em reforma ministerial, gente. Não tem
isso", disse Carvalho a jornalistas, após participar de um seminário em
Brasília. "Ela não vai tocar em reforma ministerial por enquanto. Eu,
pessoalmente, acho que até o fim do ano não vai mexer nada", disse.
Indagado se o resultado das eleições municipais reforça a aliança entre PT e
PMDB, Carvalho respondeu: "Sem dúvida nenhuma. O processo eleitoral, os
episódios de São Paulo (o apoio no 2.º turno do peemedebista Gabriel Chalita ao
ex-ministro da Educação Fernando Haddad, que acabou eleito), Belo Horizonte (a
vaga de Aloísio Vasconcelos, vice do PMDB na chapa do candidato derrotado
Patrus Ananias) e vários outros reforçaram essa aliança. Agora vamos ver o
desdobramento disso."
Ainda de acordo com o ministro, o jantar de Dilma com as cúpulas do PT e
PMDB é "muito mais um congraçamento".
Sobre a possibilidade de Chalita ocupar uma vaga na Esplanada dos
Ministérios, Carvalho disse: "Não. Não sei". E a uma pergunta do
Estado sobre se o atual prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), também
não poderia assumir o comando de alguma pasta, Carvalho respondeu: "Não
sei. Você é muito curioso."
Nas movimentações dos bastidores, Dilma estaria incomodada com a insistência
do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, em deixar a pasta sem completar um
ano no cargo - ele preferiria uma cadeira no próprio Planalto, à frente da Casa
Civil ou da Secretaria de Relações Institucionais.
Fonte: O Estado de S. Paulo
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