Para Lúcio Vieira Limado, do PMDB baiano, a imagem de ‘faxineira’ da corrupção já não cola mais na presidente
Maria lima
BRASÍLIA — O deputado baiano Lúcio Vieira Lima revela o tamanho da insatisfação da bancada do PMDB na Câmara com palavras duras sobre a presidente Dilma. E alerta que a posição pró-governo pode chegar minoritária à convenção do partido.
A presidente Dilma sugeriu ampliar os cargos para o PMDB do Senado, o que isolaria a Câmara. Isso piorou a situação?
Estão querendo pregar o carimbo do fisiologismo no PMDB. Mas o problema agora não é cargo. É muito mais sério que cargos. O que tem que saber é: nessa reunião, Dilma resolveu o problema de Eunício Oliveira que está estrangulado pelo PT no Ceará? Resolveu o problema de Vital do Rego na Paraíba?
Alguns acreditam que a estratégia é deixar a presidente com a imagem de “limpa”, e o PMDB de chantagista...
A presidente Dilma não tem tamanho para isso. Se ela é a limpa, então mande o PT apoiar a criação da comissão externa para investigar propina na Petrobras. Com tudo que está acontecendo no governo e com tudo que o PT está fazendo para atropelar os adversários, essa pecha de faxineira a presidente Dilma não pega mais. Se é a limpinha, por que não demite o ministro do Trabalho, Manoel Dias (PDT), que está no centro de denúncias em sua pasta?
A presidente confia que o vice, Michel Temer, e o presidente do PMDB, Valdir Raupp, controlam a maioria do partido para evitar rompimento na convenção...
Eles terão maioria se ela e seus articuladores políticos resolverem os problemas no Ceará, no Rio, Mato Grosso do Sul, Paraíba. A maioria que Temer tinha no partido é menor do que ele tinha ontem. E pode se tornar minoria até a convenção se o tratamento que for dado ao partido for o do enfrentamento.
Fonte: O Globo
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