Guarda Nacional e paramilitares entraram em confronto com manifestantes
CARACAS - Um líder estudantil foi morto a tiros na noite de segunda-feira na cidade universitária de San Cristobal, após um longo dia de confrontos de rua em que as forças de segurança venezuelanas atacaram e desmantelaram barricadas nos cruzamentos principais, disse o prefeito.
A repórter da TV local Beatriz Font disse que há relatos não confirmados de pelo menos outros dois feridos a tiros depois do anoitecer, na cidade de 600 mil pessoas, onde os protestos liderados por estudantes irromperam no mês passado e onde a agitação contra o governo tem sido mais feroz. O grupo de direitos humanos PROVEA twittou que um aluno foi seriamente ferido por uma bala.
A Guarda Nacional disparou gás lacrimogêneo e chumbo de espingarda de plástico em confrontos com manifestantes durante todo o dia nos bairros residenciais, informou Font por telefone.
O líder estudantil morto, Daniel Tinoco, foi baleado no peito depois de escurecer, disse o prefeito de San Cristobal, Daniel Ceballos, via Twitter. O político da oposição não disse quem poderia ter matado Tinoco, mas twittou que paramilitares armados aliados ao governo, conhecidos como coletivos, tinham lutado com manifestantes, juntamente com a Guarda Nacional.
Font disse Tinoco foi um dos estudantes que estava sempre na Carabobo Avenue dando entrevistas.
- Ele era muito entusiasmado - disse ela.
A morte de Daniel Tinoco elevou para pelo menos 22 o número total de mortes em cinco semanas de manifestações contra o governo do presidente Nicolás Maduro.
Fonte: O Globo
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