Segundo o presidente estadual tucano, deputado Marcus Pestana, a reunião nesta segunda-feira com a cúpula do PMDB do estado foi para "estabelecer uma porta aberta"
Aproveitando a crise nacional que ronda a aliança entre PT e PMDB, o presidente do PSDB mineiro, deputado federal Marcus Pestana, não perdeu tempo. Nesta segunda-feira, o tucano se reuniu com presidente do PMDB em Minas, Saraiva Felipe, para formalizar um convite para que o partido integre a coligação que pretende levar o candidato do PSDB, Pimenta da Veiga, para o Palácio da Liberdade. A reunião foi realizada na sede peemedebista, no Bairro Santo Agostinho, Região Centro-Sul de Belo Horizonte.
No encontro que durou cerca de uma hora e meia, estavam presentes - além de Saraiva Felipe -, toda a cúpula peemedebista, além de deputados e representantes dos diretórios temáticos da legenda. Pestana disse que o fato de o encontro ter ocorrido neste momento em que estão abaladas as relações entre PMDB e PT não é oportunismo, já que a reunião teria sido agendada anteriormente. Para o presidente estadual dos tucanos, a visita é apenas para estreitar os laços e abrir espaço para o diálogo. “Sei do sentimento do partido pela candidatura própria [do PMDB], mas o encontro é afim de estabelecer um diálogo, para estabelecer uma porta aberta”, disse.
Já o presidente estadual do PMDB afirmou que, mesmo com a visita, o partido em Minas trabalha com três possibilidades: candidatura própria encabeçada pelo senador Clésio Andrade, chapa com o PT ou caminhar junto com o governo do estado. Apesar disso, Felipe afirmou que, pelo menos por enquanto, não há uma tendência majoritária entre essas três possibilidades. Ele afirmou que Minas deve seguir a tendência majoritária nacional, mas revelou que a legenda já conversou com outros partidos. “Vamos dialogar com todos os partidos que nos procuram”.
Reflexos da crise em Minas
Apesar de admitir que o partido ainda não definiu o caminho em Minas e que a coligação com o PT não está descartada, Saraiva Felipe contou que ainda não foi procurado pelos petistas do estado. Ele considera que a atual falta de sintonia entre as duas legendas não é só por cargos. "O PT não pode achar que vai ser absoluto, hegemônico. Tem que abrir mão em alguns estados”, disparou. Sobre a possível saída do partido da base que sustenta o governo da presidente Dilma Rousseff, o presidente estadual do PMDB afirmou que a sigla em Minas estará atenta e participará de todas as discussões
Fonte: Estado de Minas
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