Presidenciável fala das necessidades de o Brasil ter regras estáveis para estimular investimentos
Giovanni Sandes – Jornal do Commercio (PE)
O resgate da confiança do empresariado foi a tônica do discurso do governador Eduardo Campos (PSB) ontem. Após atacar o governo Dilma Rousseff (PT) nas últimas semanas com o tema da refinaria de Pasadena (EUA) pela Petrobras, diante de uma platéia de empresários Eduardo falou sobre a necessidade de o Brasil ter regras estáveis para estimular investimentos nacionais e atrair estrangeiros.
Em seu discurso, Eduardo afirmou que em 2013 o Brasil registrou uma participação da indústria no Produto Interno Bruto (PIB) de 13,5%, mesmo patamar de 1955, antes do governo Juscelino Kubitschek.
“Ou seja, quase 60 anos depois, mais precisamente 58 anos depois, voltamos a ter a expressão da indústria que tínhamos antes de JK”, provocou.
Ainda no palco, Eduardo falou sobre os efeitos práticos do saldo negativo da balança comercial, US$ 80 bilhões, o que implica dizer que o País gasta mais no exterior do que os estrangeiros aqui. “Ficamos a exportar dólares, exportar emprego, quando a gente poderia estar comprando esses dólares e gerando esses empregos aqui. Só se faz isso com empreendedores. E empreendedor só empreende onde há uma palavrinha mágica chamada confiança, regras seguras e estáveis”, destacou.
Em conversa com a imprensa, Eduardo apontou o que seriam soluções para a situação. “Uma é uma visão de longo prazo, segura. Para onde vamos? É a narrativa para os próximos 5, 10 anos. E outra é a confiança de que vamos ter um governo que vai respeitar regras, que vai dialogar, que não tem preconceito com empresa”, reforçou.
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