- Folha de S. Paulo
O grito de guerra da convenção tucana foi "união", mas, em eleições, a prioridade dos políticos é cada um salvar a própria pele.
O foco (de preocupação) estava em José Serra, com os serristas não tucanos (de PPS, PMDB, PSD...) aderindo a Eduardo Campos (PSB), mas isso parece resolvido. Os olhares agora são para Geraldo Alckmin.
Assim como em Minas houve os votos Lulécio e depois Dilmécio contra Serra, também houve o Lulécio contra Alckmin. Se hoje todos dividem firmemente o mesmo projeto de derrotar Dilma e o PT, Alckmin está à vontade para fazer suas próprias coligações, atendendo às suas conveniências em São Paulo.
Não deixa de ser interessante o governador estar, ou ter estado, na corda bamba justamente entre Gilberto Kassab (PSD), que apoia Dilma, e Márcio França (PSB), que está com Campos. Já que Kassab queria o céu e a terra, aliando-se ao PT nacionalmente e ao PSDB estadualmente, a tendência é Alckmin fechar, logo, logo, com França e o PSB.
E aí, como fica? O que são os 40 "comitês conjuntos" de Alckmin e Eduardo Campos? Eduarmin?
A campanha de Aécio fica martelando que não tem nada a ver, que as composições estaduais são assim mesmo, que o candidato está às mil maravilhas com Alckmin e com as articulações no maior colégio eleitoral do país. Ok, mas não custa desconfiar, não é mesmo? Principalmente diante dos precedentes mineiros.
Do outro lado, porém, a coisa não caminha nada melhor. O PMDB deu uma vitória apertada para Dilma e, como PSD, PP, PTB e PR, está dando o tempo de TV para Dilma, que terá um grande "latifúndio" televisivo, mas sem se comprometer com fidelidade nas bases e com palanques nos Estados. Aí, é cada um por si e as pesquisas por todos.
Até a eleição, haverá muita traição e guinadas surpreendentes.
P.S.: O que dizer de uma Copa em que o campeão perde de 5 a 1 e o time do melhor jogador, por 4 a 0?
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