• Deputado do partido, que relata reforma política, prefere distrital misto
Carolina Brígido – O Globo
BRASÍLIA - A bancada do PMDB na Câmara vai fechar questão sobre os pontos da reforma política na próxima terça-feira e a tendência, segundo o líder da bancada, Leonardo Picciani (RJ), deve ser o apoio ao distritão, sistema pelo qual são eleitos os deputados mais votados em cada estado. De acordo com Picciani, a posição fechada pela bancada terá de ser defendida por todos os deputados do partido na comissão especial da reforma política. A decisão deverá criar um impasse com o relator da comissão, deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), que defende o sistema distrital misto, pelo qual metade dos deputados é eleita pelo voto distrital e a outra metade pelo voto em lista.
- No caso do sistema eleitoral, pelo que tenho conversado, a maioria defende o distritão. O relator vai se manifestar, mas na comissão vai prevalecer a posição da bancada. Marcelo Castro é partidário e sempre cumpre as decisões partidárias - disse Picciani, acrescentando: - Os que não se sentirem à vontade deverão deixar a comissão e fazer a opção em plenário.
Castro afirmou ontem que sempre defendeu o voto distrital misto nas reuniões partidárias, na presença dos principais líderes, inclusive Michel Temer. Assim que assumiu a relatoria da reforma, ele distribuiu uma cartilha com os pontos que defende. Mas avisou aos colegas da comissão que seu relatório iria espelhar a decisão da maioria.
- O partido quer fazer uma reunião para discutir a reforma política. Isso é bom. Eu defendo o distrital misto e só mudo de posição se for convencido. Sou contra o distritão. É um sistema que foi pouco testado e o Japão, que o adotou, já abandonou. Já o distrital misto deu certo na Alemanha, é o sistema que mais cresce na maioria dos democracias mundiais e é o mais defendido pelos estudiosos - argumentou Castro.
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