Por Renata Batista – Valor Econômico
RIO - O ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), defendeu ontem a governabilidade e disse que continua conversando com a presidente Dilma Rousseff, que é sua amiga. O político, que desde que deixou o governo, em abril do ano passado, tem evitado eventos públicos, participou ontem da apresentação dos candidatos do PMDB fluminense para 2016. Questionado, qualificou de "leviana especulação" os rumores de que pode ser alvo de novas denúncias de envolvimento na Operação Lava-Jato.
Cabral prometeu se engajar nas campanhas de 2016, nos municípios em que for necessário. "Nos momentos importantes, de presença, estarei junto", disse.
No ato, Cabral, o governador Luiz Fernando Pezão, o prefeito da capital, Eduardo Paes, e o presidente regional do PMDB, Jorge Picciani, defenderam que o partido mantenha o apoio ao governo Dilma, em nome da governabilidade e da estabilização. Mas exaltaram a atuação do líder do partido na Câmara, Leonardo Picciani, que negocia a ampliação dos espaços no ministério.
"Não é questão de ministério. É se colocar e mostrar a importância do PMDB. Nós estamos unidos pela governabilidade. Agora é todo mundo unido para salvar esse pais, abaixar o dólar, mostrar que não é uma república das bananas", disse Pezão.
"A gente não pode permanecer num ambiente de crise aguda politica por muito tempo. Já está na hora desses personagens que buscam tumultuar a cena politica demonstrarem respeito ao país, e não só à presidente Dilma", completou Paes.
Picciani, que apoiou Aécio Neves na ultima eleição, disse respeitar o resultado das urnas e afirmou que PMDB vai se posicionar a favor da permanência no governo na reunião nacional do partido, em novembro. Frisou, porém, que essa reunião não é fórum para discutir o rompimento, o que só pode ser feito em uma convenção como a que definiu a aliança em 2014.
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