• Eduardo Paes diz que legenda não vai apostar no quanto pior melhor
Por Luiz Gustavo Schmitt – O Globo
RIO - Em meio à crise política e econômica, a cúpula do PMDB do Rio defendeu, na manhã de quinta-feira, a governabilidade da presidente Dilma Roussef (PT) e a estabilização da economia. Numa reunião para lançar as candidaturas do partido para as eleições de 2016, no Centro do Rio, caciques do PMDB fluminense enalteceram a atuação do líder do partido na Câmara dos Deputados, Leonardo Picciani, que tem trabalhado para angariar ministérios e cargos no governo. Ontem, a presidente Dilma disse que vai dar o Ministério da Saúde para o partido.
No evento com cerca de 300 pessoas, que se transformou num ato pró-Dilma, os principais líderes da legenda como o prefeito Eduardo Paes, o governador Luiz Fernando Pezão, o ex-governador Sérgio Cabral e o presidente regional do PMDB, Jorge Picciani, enfatizaram a importância da aliança com o PT e disseram que as divergências políticas não podem estar acima do país:
- Todos nós estamos unidos para baixar o dólar, melhorar o ambiente econômico. E todos aqueles fundamentos que o Brasil precisa, como a democracia. Isso aqui não é uma república das bananas. lutamos pela governabilidade. Esse processo que estava instalado não leva a nada, leva ao aprofundamento da crise econômica - disse Pezão, que tem atuado como bombeiro na relação de Dilma com os principais caciques do partido, em Brasília.
Sem mencionar o nome do presidente da Câmara dos deputados, Eduardo Cunha (PMDB), Paes atacou aqueles que apoiam "o quanto pior melhor".
- Não vou citar nomes. Mas alguns personagens buscam tumultuar a cena política do país. Buscam prejudicar a presidente Dilma e a acabam prejudicando o Brasil. A gente precisa governar o Brasil e agir com responsabilidade - disse Paes.
Pezão destacou que a governabilidade é fundamental para que o Estado do Rio e o país possam "atravessar a crise". Ele voltou a lembrar, no entanto, que o partido terá candidatura própria em 2018. Pezão ainda frisou que é preciso reconhecer e cumprir as alianças políticas.
- Precisamos ajudar a salvar esse país. Mais uma vez, o PMDB foi o fiel da governabilidade - disse Pezão, se referindo ao apoio do partido para a manutenção dos vetos da presidente da Dilma.
Cabral e Picciani também fizeram discurso pró-Dilma:
- Nos falamos com frequência. Ela (Dilma) é minha amiga pessoal, mas não tanto quanto do Pezão - disse Cabral, rindo muito. - Está muito bem posto o tema da governabilidade. Ao meu ver, a crise é fundamentalmente política. E acho que estamos avançando. O PMDB tem divergências, isso é uma característica do partido.
Picciani foi na mesma linha que Cabral.
- Nesse momento de grave crise, nós queremos estabilidade e que a presidente Dilma tenha condições de governar - afirmou Picciani.
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