Porta-voz diz que presidente viu ‘bom funcionamento da democracia’; Maia e Eunício defendem reformas
Cristiane Jungblut e Júnia Gama | O Globo
BRASÍLIA - O presidente Michel Temer comemorou a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Logo após a sessão do TSE que livrou o presidente da cassação do mandato, o porta-voz da Presidência, Alexandre Parola, considerou que a Corte agiu de forma “independente”:
— O presidente recebeu a decisão do TSE como um sinal de que as instituições nacionais continuam a garantir o bom funcionamento da democracia brasileira. Houve amplo debate e prevaleceu a Justiça de forma plena e absoluta. O Judiciário se manifestou de forma independente. Cada um de nós acatará com sobriedade, humildade e respeito a decisão do TSE. Como chefe do Executivo, o presidente da República seguirá em parceria com o Congresso Nacional, honrando seu compromisso de trabalhar para que o Brasil retorne ao caminho do desenvolvimento e do crescimento, com mais oportunidade para todos.
Primeiro da linha sucessória caso houvesse cassação, o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), divulgou nota afirmando que seu papel neste momento é de “resguardar a estabilidade política e econômica” do país. Maia disse que a decisão do Judiciário tem que ser cumprida “democraticamente”: “Meu papel é (...) assegurar o pleno funcionamento da Casa, especialmente garantindo as votações necessárias para a retomada do crescimento”.
O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), por sua vez, afirmou, também em nota, que o resultado demonstra a importância do encerramento dessa etapa: “Uma questão com tal relevância em aberto era um fator de instabilidade, agora ultrapassado. Mas ainda faltam outras questões a serem superadas, como as reformas que estão no Congresso”.
Líder do DEM no Senado e um dos críticos mais ácidos do governo, Ronaldo Caiado (GO) criticou a decisão: “Com esse resultado, na linguagem popular, o TSE liberou geral. Criou uma jurisprudência onde se pode tudo e não se pune nada na disputa pela Presidência da República. Vale tudo?”.
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