No texto, ex-presidente pregou união de candidaturas de centro
- O Globo
SÃO PAULO - O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) disse neste sábado no twitter que a carta divulgada por ele na quinta-feira - em que pregou a união de candidaturas de centro contra o que chamou de “marcha da insensatez” - era voltada “aos eleitores e eleitoras, não aos candidatos ou aos partidos”.
- Há meses repito ser necessário um “centro popular e progressista”. Parece que na conjuntura água mole não racha pedra dura. O que não muda minhas convicções - disse o tucano na rede social.
Desde que divulgou a carta, FHC tem sido alvo de duras críticas de candidatos. No mesmo dia em que ele publicou o documento, a candidata da Rede, Marina Silva, desdenhou da proposta no twitter. “Ninguém chama para tirar as medidas com a roupa pronta”, escreveu ela. Já seu vice, Eduardo Jorge, disse que o ex-presidente havia ignorado proposta semelhante feita por ele no início do ano.
No dia seguinte, Ciro Gomes, do PDT, ironizou a proposta de FHC.
- É muito mais fácil um boi voar de costas.
O FHC não percebe que ele já passou. A minha sugestão para ele, que ele merece, é que troque aquele pijama de bolinhas que está meio estranho por um pijama de estrelinhas. Porque, na verdade, ele está preparando o voto no Fernando Haddad, porque ele não tem respeito a nada e a ninguém, a não ser ao seu próprio ego - afirmou, em ato de campanha em Brasília.
A presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, criticou a carta e disse que Bolsonaro é cria do PSDB, pelo twitter. Por outro lado, o candidato do PSL escreveu em sua página oficial, sem citação às palavras do ex-presidente. “Tentaram nos tirar da disputa na covardia, mas o esforço de cada um, mesmo no momento mais crítico, só nos ergue ainda mais. Estamos mostrando que é possível vencer sem vender a alma, sem mentiras, e isso ninguém vai apagar! Vamos em frente! Chega de facções comandando o Brasil”.
Na carta em que pregou a união dos candidatos para evitar situações extremas, FHC não fez menção direta ao candidato de seu partido à Presidência, Geraldo Alckmin. Mas, no twitter, ele disse que Alckmin seria mais bem preparado para a missão. Publicamente, Alckmin elogiou a carta, mas refutou união de centro nesse momento: 'Não vou procurar candidatos'.
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